sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Desejos

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Que 2011 nos surpreenda*.
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* pela positiva!

MMXI

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Ainda não foi para 2011 que comprei something blue.
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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Foi por isto que voltei

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Na piscina, nestes últimos meses, já:
- reencontrei velhos conhecidos;
- um puto vomitou (sim, mesmo dentro de água);
- quase desmaiei (hipertensão é problema que não me afecta);
- soube que vou ter de pagar o aumento do IVA de 6% para 23%.
- e ontem dei uma autêntica abada a dois marmanjos a nadar mariposa. Tomem lá, que ainda tiveram de ouvir o prof a elogiar o meu "estilo".
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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Só estive lá 4h30, não deu tempo para tudo

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Acabo de abrir uma carta da Segurança Social que me diz que, como quem me atendeu quando lá estive se esqueceu de tirar fotocópia de um dos documentos que apresentei, tenho de lá voltar para apresentar o dito documento. Começa a dita carta com um conjunto auspicioso de 5 palavras: "Informo de que para que (...)."
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A lógica dos "saldos"

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Nos telejornais, primeiro, queixam-se que as pessoas não andam a comprar nada (ainda agora terminou a loucura natalícia), apenas a trocar prendas. Anunciam depois que os saldos vão começar no dia seguinte. E, de facto, começaram, mas não em todas as lojas, mas apenas naquelas em que nunca se gasta pouco, seja o que for que se compre. Levi's, Mango, Skechers*, Desigual, Lanidor, etc., tudo com saldos ou promoções, até 50% (espectáculo!). Tudo quanto é baratucho (excepto H&M, que já tinha saldos) nada, nem 10%. Informei-me numa das lojas: saldos só lá para o início de Janeiro. Agora, vamos atrair o pessoal às compras (como se precisasse de incentivo) com os saldos nas lojas caras, que pode ser que, com os preços nas baratuchas iguais aos das outras nos saldos, lucrem todos. Depois, lá começam os saldos em todas as lojas. Pois, é pena, eu espero mesmo por Janeiro.
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* as botas "patas de mamute" compradas há um ano nos saldos em Amesterdão estão à venda cá, mais caras mesmo com a promoção, e apesar de já serem da colecção do Inverno anterior...
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domingo, 26 de dezembro de 2010

Vou a jantares de Natal para isto

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Contam uma piada estúpida que termina num "chega o marido a casa, bêbado e com marcas de batôn na camisa e diz à mulher que está no sofá à espera dele: despe-te, gorducha, que a seguir és tu!". Resposta de uma das presentes: "O 'a seguir és tu' ainda vai que não vai, agora 'gorducha' é que não!". Sim, pesa 45kgs. Não, nem 2 deles são em massa cerebral.
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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Semelhanças

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Hoje olhei para um bonsai e só me lembrei dos pés enfaixados e retorcidos das chinesinhas de antigamente. Sorte a das árvores (arbustos?) que não sentem o atrofio e a mutilação.
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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

A boa-vontade não desculpa a ignorância

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Em Portugal há donos de animais exóticos que acreditam que a ração semanal de Nestum Mel que lhes davam era do melhor que há. E creem nestas idiotices de tal forma que se orgulham de as difundir pela televisão pública.
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Uns contam as noitadas

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Sinal aquariano de que a vida anda secante: não há uma única foto com menos de 3 meses de tirada.
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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

"Ora vamos lá lixar as férias do peixe!"

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Foi o que disseram as bactérias que o meu sogro me pegou no fim-de-semana. "Toma lá uma febrezinha!", disse uma. "Vai lá ver se ainda tens lenços de papel!", comentou outra. "E mete-te mas é em casa ou nós assanhamo-nos...", ameaçou ainda outra. Se fosse a sogra, eu percebia, agora o sogro até devia gostar de mim...
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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

:)

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F-e-FÉ! R-i-RI! A-s-AS! FÉ-RI-AS! Não vou a lado nenhum, mas vão saber a pato.
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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Carlos Pinto Coelho

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Dizia o senhor, conhecedor dos meandros do jornalismo português, mesmo na véspera da sua morte, que os telejornais eram como comida vulgar, servida em 3 pratos: política, economia (da desgraça) e futebol. Disse depois, também, que saíam em Portugal uma média de 40 novos livros por dia e que nenhum era notícia. Salvo se o seu autor fosse uma conhecida personalidade televisiva. Não me recordo do Acontece mas, só por este comentário, já tenho pena que o senhor se tenha ido tão cedo. Será tão certeiro o comentário que, apesar de a sua morte continuar a ser notícia nos diversos noticiários da RTP, não mais repetiram esta pequena parte do que foi dito. Sr. José Rodrigues dos Prantos, pisaram-lhe um calo?
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E 2h depois chego a casa

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Bem se vê que o subsídio de Natal já caiu. Vê-se também que boa parte se vai em gasolina.
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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Só coisas boas

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Da Islândia, primeiro, vieram cinzas, agora, uma nova vaga de frio. E mesmo sendo frio, e não frio (pelo menos em Lisboa), chateia. Não podiam enviar tudo para outro lado?
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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Cão que (só) ladra não depõe

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É "(...) inexplicável que se queira levar alguém a julgamento por um cão que ladra mas não pode depor". Não sei se louve ao excelso advogado que disse estas palavras a capacidade retórica ou os profundos conhecimentos veterinários.
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* palavras proferidas pelo advogado dos McCann a uma jornalista da RTP. Um argumento genial, o cão não depor.
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Nevoeiro no Tejo

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Acordei ao som de sereias.
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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Monster batch

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Aparecem sempre na vida de quem tem cães as histórias dos outros. E tenho ouvido de mais a história do cão "que magoou o menino e que o menino fico com muito medo, coitadinho, e depois o cão foi para uma quinta viver feliz para sempre". Às vezes oiço dos meninos, mas também dos pais, e só me ocorre que estamos a criar uma catrefada de monstrinhos mimados que podem fazer tudo ao cão mas que, vade retro, o cão não pode arranhar. As pessoas não pensam no que é ter um cão, simplesmente acham piada a um (a uma raça, mais frequentemente) e vá de comprar. Sim, que isto de ter rafeiros não é para eles. Compra-se o cãozinho, tão fofinho, tão pequenino, e vá de levar para casa. Depois o cãozinho faz chichi e cocó (as necessidades fisiológicas parecem ser uma novidade para certo tipo de pessoas), não nasceu ensinado (ao contrário das suas criancinhas, anjinhos queridos, gostam tanto do cãozinho, olhem só como gostam de brincar - andar à bulha - os dois) tem de ser passeado (então lá podem perder a novela da noite?!?) e, surpresa das supresas, cresce e ganha força! Atenção que eu sei que há cães maus (apesar de acreditar que os educaram dessa forma) e que sentem ciúmes e atacam (conheço um caso gravíssimo, nem passa pela cabeça de ninguém) mas vejo nestes casos mais irresponsabilidade e facilitismo que outra coisa - o cão chateia, solução óbvia: desfazer-se dele! Podem até dá-lo efectivamente a outra pessoa, que até pode ser um melhor dono para o resto da vida, mas vão fazer o animal sofrer por uma decisão que é unicamente do humano. Pior, podem ir deixá-lo numa associação, onde sempre vai ter um tecto, alguns amigos humanos, comida e tratamento, mas raramente o que eles mais querem: uma família que seja deles. Pior ainda, podem levá-lo para o canil. Já ouvi um anormal dizer que no canil lhe asseguraram que o bicho, daquela raça, seria adoptado num instante. Nem se informou o suficiente para saber que a maioria dos animais que vão para o canil são abatidos e passam 8 dias miseráveis antes da morte. Ou, se calhar, prefere ignorar esse pequeno pormenor do objectivo maior que é livrar-se do pequeno-que-virou-grande-monstro. Ou, a maldade última (tive dúvidas sobre o que colocar em último, pois apesar de o canil ser a morte certa, esta tem possibilidade de um final feliz; no entanto, ao nível de quem o faz, creio que esta é a decisão mais irresponsável e maldosa): o abandono, ao deus-dará, longe de casa para garantir que o pobre não consegue tentar voltar para a casa que conhece, para os donos que ama da forma mais pura, mesmo que unilateral, completa, que é a de um cão. Estes meninos que vivem nestas famílias, um dia vão perceber qual foi "a quinta" para onde foi levado o seu cão. Será que não quererão saber? Será que por isso vão estar mais atentos? Desconfio que se passe o contrário, e que os animais continuem a ser adquiridos como mais um bibelô - até já ouvi falar de gente que quis devolver um par de gatos à loja porque tinha mudado a decoração da sala e eles já não combinavam. Se não é feito um esforço no sentido da sensibilização das pessoas, das crianças em particular, para as necessidades e sentimentos dos animais nada irá mudar. O que temos neste momento é uma fornada de gente mal-formada, que quer ter o cão e o filho mas não sabe que tem de educar os dois de forma a que acidentes sejam evitados, a criar uma nova fornada de meninos-que-serão-adultos à imagem do que foram os seus pais. Tenho pena dos animais mas, a um nível mais profundo, tenho ainda mais pena destes adultos e crianças.
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Começar bem a manhã

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Foi por um triz que não atropelei uma espécie de caniche que já foi branco e agora está pintado de cor-de-rosa. Ficou-me a dúvida: o bicho estava distraído ou foi tentativa de suícidio?
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P.S. - juro, pintaram-no de cor-de-rosa, não é só no Groomer has it, programa para lá de estúpido que passava no canal Animal Planet na Holanda;
P.S. 2 - e agora sem piadas, que o assunto é sério, meus senhores e senhoras, não passeiem os vossos bibelôs caninos sem trela pelas ruas de Lisboa, é perigoso; e posso ter o azar de atropelar algum, para maior pena minha, aparentemente, do que do dono; e não, essa não é uma forma cool de passear os cães, a não ser que eles estejam tão bem treinados que vão ali coladinhos ao tornozelo do dono; e também não é maneira de fingir que não apanham o cocó que eles fazem porque não viram, toda a gente vos conhece e sabe que não apanham nunca os "presentes"; os que apanham, fazem-no tanto quando o cão vai à trela ou solto.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Resoluções

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Ainda não sei bem como vai ser, nem quando. Mas a minha vida vai levar uma volta, tem de levar. Só tenho de decidir qual o projecto mais razoável e que maior gozo me dê. É um jogo de equilíbrio difícil e ainda não treinei o suficiente, mas lá chegarei.
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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

É 6ª e estou de trombas

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O pessoal à minha volta vai, volta e meia, trabalhar para Nova Iorque, Londres, Malásia, Amesterdão, Paris, Madrid e até para Sintra, entre outros destinos que agora não recordo. Eu vou para os Olivais todos os dias e não me parece justo.
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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Bah!

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Odeio substituições. Hoje dei a aula mais aborrecida da minha vida, pobres putos.
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Afinal é arte!

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Olha p'ra mim ignorante! Afinal a piscina é arte. Depois da tela em branco no MoMA não me faltava mais nada.
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P.S. - Perdoe-me a Joana Vasconcelos, que tem um sapato muito giro, mas uma piscina em plástico azul que tem como única excentricidade ser em forma de Portugal não me parece arte.
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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Swimming Pooltugal

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Está uma piscina em forma de Portugal (continental) em exposição na Praça do Comércio, mesmo ao pé do Cais das Colunas. Fará parte das decorações natalícias? Será para na próxima inundação fazer de barco nacionalista? Ou, quem sabe, de piscina patriótica? Aceitam-se sugestões ou explicações.
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Antes as peças

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Cairam partes de um avião da Taag (companhia aérea angolana) em Almada, causando pelo menos danos materiais em alguns carros (também já me falaram em feridos ligeiros, mas não li nada). Suspeitam, segundo o telejornal, que sejam nada mais, nada menos que partes do motor. Ao menos não caiu o avião todo, mas arrisco dizer que terá sido por pouco.
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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Aleluia, aleluia!

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Ressuscitou!*
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* para quem não perceber, ver há uns dias o post "Ai".
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domingo, 5 de dezembro de 2010

Meteo

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Ontem 8ºC, hoje 18ºC. O que nos vale é que as vagas de frio duram tanto como espirros. Falando em espirros, agora estamos a levar com os perdigotos e o ar - que temporal de vento e chuva, senhores!
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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Avaliações

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E porque as férias de Natal se aproximam, começam os pedidos de avaliações da performance da pirralhada. Como em Portugal quase nunca ninguém acha que o que serve aos outros é bom para si próprio, e sendo que o facto de ser diferente só dá trabalho a outros, há diversos modelos para se fazer a coisa, mas do que eu gosto mais é quando um modelo não chega e, para a mesma menina (só para contrariar a forma machista de se generalizar em português, optando sempre pelo masculino) há que fazer avaliações em dois modelos diferentes, sendo que um é digital (a imprimir antes de ser entregue ao encarregado de educação) e outro manuscrito. Lindo, lindo, era escrever, numa das versões:
"Aluna aplicada e atenta. Assimilou com facilidade a matéria do período, sendo capaz de a aplicar no contexto das aulas."
E na outra:
"Aluna pouco atenta, com dificuldades de assimilação da matéria dada. Adquiriu pouco vocabulário e tem dificuldades em aplicá-lo correctamente."
Ia ser giro, pois ia.
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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Bike vs car

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As saudades que eu já tenho de ir para o job de bicicleta. A calma que é, no final do dia, pedalar um bocado e esquecer tudo o que nos aborreceu no escritório. Equilibrar quilos de compras entre o cesto, os elásticos da parte traseira e o guiador. Chegar a casa com a franja a escorrer uma parte ínfima da chuva que me caiu em cima pelo caminho. Se bem que com as temperaturas que fazem na Holanda agora estaria a usar o eléctrico de certeza, que não sou dada a masoquismos. Mas lá que sinto saudades, sinto.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Continuas a segurar-me

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Hoje sonhei contigo, e acordei como que com a tua imagem colada ao interior das pálpebras, relembrando-me a tua presença a cada piscar de olhos. Não sei o que sonhei, nunca sei e hoje não foge à regra, mas conforta-me saber que não te esqueci. A memória dos meus sonhos é tão parca que o pouco que guardo é como minério raro: duradouro e precioso.
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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Ai

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Há dias em que não devíamos sair da cama, certo? É certo também que só sabemos quais são esses dias depois de eles terem passado. Aí, do que serve? De nada, claro! Pois depois de um acidente estúpido, cabeça (de outrém) contra boca (a minha), a boa notícia é que o dente está inteiro; a má é que, por enquanto, não tem sensibilidade - pode estar morto, portanto. O(s) tratamento(s) depende(m) da sua ressuscitação - ou da confirmação da morte. Agora é só torcer por o gajo dar uma de Jesus. Logo eu que ainda na semana passada corri com as Jeovás.
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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

♥ ?

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E se eu ficar com um dente a menos, continuam a gostar de mim?
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Desigualdades

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Está na moda comprar camisolas e usá-las como se de vestidos se tratasse. Eu compro vestidos e tenho de usá-los como se fossem camisolas.
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sábado, 27 de novembro de 2010

001.340.47

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Depois de uma secretária, duas sapateiras e uma estante, tinhamos de trazer a outra estante da cor errada. E lá temos de alombar com o bocado de floresta sueca de novo para Alfragide. E se ao menos não fosse culpa nossa podia resmungar com a IKEA*.
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* pelo menos o género da palavra já sei de certeza, pois nas portas da dita está escrito: "bem-vindo à IKEA"; mantém-se a dúvida quasi-filosófica: "iqueia" ou "i-quê-á"?
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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

E só faltam 3h na escola

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4h30 na Segurança Social para informar que abri actividade e preencher um papel (cujos dados eram todos conhecidos da Segurança Social, excepto o valor mensal da minha remuneração). Pode até ser Simplex, agora do que eu gostava mesmo é que fosse mais Rapidex.
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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Fará também parte do Acordo?

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Uma jornalista de rádio - não sei qual, que tenho várias em memória no carro e o zapping é um desporto - disse há dias que podíamos aceder a mais informação sobre o tema em questão no "cite" daquela estação. Escrevo com "c" porque quero que leiam assim, "cite", e não "site", da internet, anglicismo amplamente difundido, pois foi assim que a senhora o disse. Eu digo calinadas, escrevo-as também, mas de onde veio esta "palavra"? Que eu saiba existe "site" (lido à inglesa) ou "sítio", tradução directa, agora "cite", ou seja, a palavra inglesa lida à portuguesa, se existir, só se for mais uma excelsa invenção do original Acordo Ortográfico.
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P.S. - Uma dúvida que me andava a assolar: egípcios ou egícios? Pois então passo a explicar: em português de Portugal o país será o Egipto (pois é, mantém-se o "p") e os seus habitantes os egípcios. Já em português do Brasil temos um fantástico país chamado Egito cujos habitantes, misteriosamente, se chamam egípcios, com "p". E digo milagrosamente pois semelhante surgimento de uma letra numa palavra só pode ter dedo divino!
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domingo, 21 de novembro de 2010

Para inaugurar a fase não-fastienta

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Este foi um fim-de-semana cheio e, por isso, curto de mais. Houve passeio, houve comida boa, houve um Sábado cheio de sol e chuvadas - com espectaculares arcos-íris* em resultado - e um Domingo em boa companhia, com família, amigos, conhecidos, cães e bebés. E nem uma prenda de Natal adquirida. Isto sim, é um fim-de-semana! Pareceu foi mais curto que o costume.
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* o plural será "arcos-íris" ou "arco-íris"?

sábado, 20 de novembro de 2010

Renhó-nhó-nhó

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Queixo-me, queixo-me, queixo-me. De tudo e de nada, de coisas que antes não me incomodavam, daquilo que já me parecia mau e agora me parece monstruoso, e de coisas que agora parecem acontecer só para me irritar. Queixo-me até de coisas que, enquanto em terras de sua majestade Rainha Beatriz, me faziam suspirar de saudades. Espero que me passe tanto fastio, que (é que ando mesmo passada com certas coisas) não faz bem à saúde.
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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

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Com tanto dinheiro para receber a cimeira da Nato não sobram 25€ para pagar aqui ao peixe? É que pode parecer uma ninharia mas dessem-me a escolher e tinha ido à escola dar as minhas aulas para, no final do mês, receber os ditos. É que aproxima-se a greve geral, dois feriados à 4ª-feira, o meu dia mais preenchido, e as férias de Natal, 15 felizes dias em que não recebo um tostão furado.
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Tristeza

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Há uma semana e meia vi, perto do Estádio Pina Manique, um cão de porte médio a arrastar uma corrente presa à coleira. "Deve ter fugido", pensei. Dei a volta na rotunda seguinte e parei o carro numa tentativa de localizar o pobre bicho que, momentos antes, andava aterrorizado no meio do trânsito a pisar a corrente, fazendo-o tropeçar. Quando nos vimos, a largos metros de distância, e eu o comecei a chamar, fugiu a correr, com um medo que só quem já foi muito maltratado pode ter. Pensei que andasse perto de casa, e que em breve lá voltasse, ao mesmo tempo que percebi que não podia ir atrás dele, pois o mais certo era morrer atropelado à minha frente. Fui a chorar de impotência até aos Olivais. Ontem, vi-o novamente. Branco e castanho, com as pernas tortas (de anos preso por uma corrente demasiado curta?), a arrastar e tropeçar na dita corrente, a ruas da minha casa, na Ajuda. Realmente, somos um povo de mouros no que aos cães diz respeito.
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Aquário ao ralenti

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Não é que não tenha o que contar, não é que não tenha tempo para o fazer nem que não me apeteça. O problema mesmo é o computador parecer um caracol prenho e coxo e a net (móvel) não aguentar com o excesso de pessoal online às horas normais de se estar em casa. Bem sei como resolver a situação mas, aí sim, não há tempo e muito menos me apetece...
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terça-feira, 16 de novembro de 2010

Reclamações após o regresso

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Só me consigo lembrar do livro do Markl, quando menciona a quantidade de corantes que a geração de 70 e 80 consumia nos mais variados alimentos e guloseimas, quando abro um normalíssimo iogurte de aromas da Longa Vida e encontro iogurte cor-de-rosa ou cor-de-salmão lá dentro. Senhores, isto é um engano! Ninguém compra iogurte de aromas pintalgado na ilusão de que aquilo tem fruta lá dentro. E os que compram aromas esperam encontrar uma pasta branca, pois sendo que o aroma já pouco de natural tem, se a ele acrescentarmos corante, em vez de um saudável produto de origem bovina, temos uma bomba de porcarias cuja origem nem sequer sabemos. Será que isto dá Vida Longa a alguém?
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sábado, 13 de novembro de 2010

Sopas e descanso

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Já estava a estranhar a ausência da constipação / gripe / problema respiratório mais sério que costuma atacar-me nesta altura do ano. Acordar afónica significa médico e, por uns instantes, julguei estar de volta à Holanda: a receita para a cura foi vitamina C, Ananase e (oh-my-God!) sumo de limão. Ah, e estar calada, que sempre ajuda as cordas vocais. Que belo fim-de-semana que se avizinha.
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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Dúvidas Keynesianas*

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Se há coisa que eu não percebo é de Economia. Só eu e o pobre mariducho (explicador oficial dessa detestada e detestável cadeira) sabemos o que me custou passá-la na Universidade. Mas, depois de ouvir em "n" telejornais "n" formas de as famílias pouparem dinheiro, pergunto-me: mas esta crise não é causada pelo endividamento do Estado? Então, não deveriam os senhores jornalistas descobrir "n" formas de o Estado poupar dinheiro, em vez de fazerem com que pareça que a crise só afecta as famílias? É que me parece que o nosso Estado é que deveria fazer contas em que poupar, e não eu!
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* Como prova de que não percebo nada de Economia mando para aqui um nome que me ficou a flutuar na memória associado à Economia; a sua relevância no assunto em questão está para lá das minhas capacidades.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Faz o que eu digo, não faças o que eu faço

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O que dizer de um professor que não bate à porta antes de entrar na aula de outro? O que dizer quando não pede licença nem se desculpa pela interrupção? E o que dizer de um professor que corrige a postura dos alunos enquanto o professor da turma está a falar e a explicar um exercício?

Há muito quem exija dos outros, esquecendo-se do que lhe é exigido a si. Esquecendo, pelo caminho, que o exemplo é o melhor professor. Há um nome para os políticos que se regem pelo "faz o que eu digo": ditadores. Existirá algum nome específico para o professor-director-ditador? E, mais importante, existirá salvação para os alunos ensinados por semelhante pessoa?

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Putos

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E o "desqueci-me" volta para massacrar o meu sistema nervoso.
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domingo, 7 de novembro de 2010

♥ Amesterdão

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Bom, bom, era não perceber um cú do que diziam à minha volta.
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P.S. - agora, compreendo o pivot do telejornal, compreendo as duas senhoras que vão a comentar a vida dos outros no assento da frente do autocarro, ouço (muitos) pontapés na gramática, levo com bocas sobre a saia, ou sobre o cocó da Luna (que eu já estava a apanhar), conhecidos invadem-me os ouvidos com opiniões que não pedi sobre assuntos que, das duas uma: ou não me interessam ou não lhes dizem respeito e, por último, a falta de horário (de saída) faz com que veja os amigos quase tanto como quando estava a 3h de avião de distância.
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sábado, 6 de novembro de 2010

"Deus escreve certo por linhas tortas"

Foi o comentário do mariducho depois de uma tarte de dióspiros que correu mal: a massa está rija que nem #!@, teve de ser escavada antes de comida, o creme não enrijeceu e os dióspiros que deveriam coroar a coisa enterraram-se no creme. Ai, mas está tão saborosa...

Fiuuu!*

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Andava para vir aqui escrever que se fizesse daquelas listas de coisas que nunca toleraria num homem com quem me relacionasse, em segundo lugar, e apenas abaixo de um que me tratasse por "você", viria o uso do dito papelinho / luva de plástico para encher um depósito de gasolina. Hoje é o dia, até porque já confirmei que o mariducho não pertence a esse grupo.
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* podem imaginar-me a limpar o sobrolho de suor e suspirar num gesto típico do alívio.
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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Expliquem-me lá

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Exactamente qual o motivo para quase toda a gente agora usar 1 ou 2 lenços de papel para abrir o depósito da gasolina do carro e pegar na agulheta para pôr gasolina?
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terça-feira, 2 de novembro de 2010

O que é nacional é bom?

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Os tempos estão difíceis para todos e até a Renova resolveu aderir ao low-cost, criando uma sub-marca, portuguesmente denominada "olé!". Se repararem bem na foto da embalagem puseram o ponto de exclamação invertido no início e tudo - será que ainda há quem lhe vá chamar "iolé!", como tantos costumavem fazer com a conhecidíssima revista, essa ao menos espanhola de gema, "iola!"?!?
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domingo, 31 de outubro de 2010

Como diz o Zé

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"A chuva em Amesterdão não molha como a de Lisboa."*
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* E ainda não tinha sido 6ª-feira.
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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

E eu a achar que tinha trazido a bicla em vão

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Apesar de ser na TVI, e de estar já um pouco a dormir, juro que acabei de ouvir que existe uma ciclovia a ligar o Parque das Nações ao Aeroporto da Portela. Já estou a ver-me a ir de bicla (ainda estou a pensar onde levaria a bagagem) para o aeroporto. Holandeses, aprendam com a Câmara de Lisboa, são só umas centanas de milhares de euros e, obviamente, é extremamente útil!
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Depois da sandes

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Deixo-vos com uma das minhas últimas descobertas por terras de Portugal: a Rua Mista. Sendo que o nome não é muito elucidativo, e as imagens ainda menos (estarão a planear construir casas no meio da rua?!?), passo a explicar, com a pequena adenda de que a ideia de haver crianças a jogar (à bola ou a qualquer outra coisa) nas ruas de uma cidade de Portugal nos dias de hoje é, no mínimo, risível: a Rua Mista é uma rua onde há passeios com carros estacionados (ou seja, igual a todas as outras) e uma estrada onde há canteiros com árvores plantadas (original, há que admitir). Árvores que, em parte, já foram abalroadas por carros (How strange! How strange!, como diriam os meus pequenos alunos de 2º ano) e que, para as proteger, já deixaram de ter um pilarete(zeco) de plástico verde fluorescente para passarem a ostentar um pilarete(zorro) de betão armado pintado de rosa-choque. Dá gosto viver numa terra em que até os sinais de trânsito nos fazem rir (valerá isto enquanto sinal de trânsito ou será apenas uma placa decorativa sem qualquer legalidade?).
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terça-feira, 26 de outubro de 2010

I ♥ CIF

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Há quem adore vernizes, marcas de roupa e/ou sapatos, eu declaro o meu amor incondicional ao detergente - CIF, neste caso. Não será novidade para ninguém que o CIF lava casas-de-banho, cozinhas, malas, ténis e sapatos (que não sejam de pele), restituindo-os à brancura original ainda umas quantas vezes (às tantas a nhaca já está tão entranhada que não há CIF que os valha). Mas, para informação geral, o CIF também limpa tinta de canetas de feltro em carros. Sim, porque hoje amanheci com um "fodasse", assim mesmo, escrito a negro no meu lindo boguinhas azul. Não por muito tempo, que o CIF funcionou na perfeição. Um muito obrigado aos delinquentes analfabetos deste país por me demonstrarem mais um uso (este até didáctico, que foda-se às vezes apetecia-me escrever em letras gigantes por todo o capot do carro, em espelho como as ambulâncias, estão a ver?, para que outros automobilistas lessem bem, agora "fodasse" não me serve de nada e onde foi escrito estava demasiado escondido).
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P.S. - quem tenha aqueles corações giros para pôr no título, em vez do love, importa-se de mos deixar na caixa de comentários? Eternamente agradecida.
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sábado, 23 de outubro de 2010

Telejornal à portuguesa

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"Cientista português descobre várias novas espécies de insectos, sendo que pelo menos um era desconhecido da ciência."*
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Vá lá, das várias descobertas uma era desconhecida.
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* mais coisa, menos coisa, o que foi dito pela pivot do telejornal da hora de almoço de hoje, na televisão de todos nós; é um gosto ver a qualidade dos profissionais pagos com o dinheiro do erário público.
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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Estar no estrangeiro é

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não saber que já não há 96 suficientes, pelo que agora já há números de telemóvel que começam por 92.
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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Sem inspiração

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sábado, 16 de outubro de 2010

100 kms depois por estradas de Portugal

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Daqui a largas centenas (milhares!) de anos, quando uma equipa de arqueólogos do futuro começar a desenterrar o que resta da nossa civilização, vão teorizar que somos um povo extremamente religioso. Está patente esta religiosidade na existência de numerosos edifícios religiosos espalhados por um território tão pouco povoado. No local mais distante do que identificam como uma habitação, lá está, mais um edifício religioso, por vezes quanto mais afastado de um centro populacional, maior em dimensão. Presumem, estes Indiana Jones do futuro, que as peregrinações deviam ser imensas, o que talvez explique o também excessivo número de viaturas de quatro rodas. Outra certeza será que adoramos o antigo Deus-Sol, cuja forma circular adoptamos para os nossos locais de culto, que decoramos com as mais variadíssimas formas de plantas e ornamentamos com estátuas gigantescas (cuja ligação ao Deus-Sol está ainda por determinar).
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Um provérbio aquariano também inspirado neste Sábado: "Todos os caminhos vão dar a uma rotunda".
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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Da minha janela da cozinha

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É em boa hora que um barulhinho metálico, tic-tic-tic, me tira os olhos do estendal e os leva até à rua. Dois gatos silvestres esperam, um empoleirado em telhado de zinco frio pela ausência de sol, outro, mais corajoso ou estúpido, o tempo o dirá, ao pé de uma velhota que mora em frente. Dos sacos das compras pousados ao lado tirou duas latas de comida para gato, um certo peso na reforma que por certo tem, para alimentar estas alminhas que a esperam. Estica-se, do alto do seu metro e meio, para colocar um pratinho no dito telhado, e depois baixa-se para pousar no chão o que será (do meu primeiro andar não vejo com clareza) uma porção idêntica do mesmo alimento, carinhosamente partido em pedacinhos com uma faca, o tic-tic-tic ritmado que me chamou inicialmente a atenção. Por de trás do telhado de zinco, outro vizinho cava um quadrado de terreno com uma enxada, com um tchuc-tchuc que os meus ouvidos, alertados pelo tic-tic-tic menos forte mas mais penetrante da faca no pratinho de comida de gato, ouvem de repente. Já há um quadradado com couves de tamanho médio e outro com couves mais pequenas, ainda um quarto em pousio e uma tira com umas ervinhas que serão, com certeza, salsa e coentros. Olhando a terra acabada de lavrar, endireita-se o senhor, carregando com as mãos nos rins enquanto se estica para que músculos e tendões lhe permitam voltar à posição erecta. Enquanto olho para a vizinha que recolhe os pratos da sua caridade para com os felinos e penso que a senhora até os leva para casa para os lavar, vai-se o lavrador, e a vida continua em Lisboa. Reconcilio-me com a minha cidade e com a vida em momentos destes, apesar de depois voltar para o estendal por recolher e para a máquina por estender.
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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Não é que eu não soubesse

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escusava é de ter sido tão óbvio... Em 14 meses de Amesterdão ouvi milhentos "Oooh", centenas de "Wat schat hondje!", "kijk, hondje" e "wat leuk hondje!"*, sempre num tom terno a condizer com o diminutivo carinhoso "je", que os holandeses aplicam a tudo quanto gostam. Também houve um par de idiotas que ficou muito divertido quando a Luna se assustou com o barulho dos pés a bater. E ainda as muçulmanas que, muito bem a passear por qualquer lado, olhavam de repente para a Luna soltavam um ou dois guinchos e fugiam a correr**. Enfim. Mas por cá, e em duas semanas mal contadas, já tive um puto e um pai com a filhota dos seus 5 anos pela mão a ladrar à Luna (perceberam bem, foi o pai quem ladrou) e já ouvi uns quantos "o cão". Até o "schat" (lê-se srrat) já me soa bem.
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* não sei se estão bem escritos, significam "que cãozinho tão querido!", "olha, um cãozinho" e "que cãozinho tão fixe!";
** eu e o mariducho costumávamos achar que viam o avô pastor alemão em vez da nossa rafeirinha até nos explicarem que muitos muçulmanos acreditam que os cães são animais impuros.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Fora d'água, sem dúvida

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E agora quem tira a amesterdammer que se instalou e criou raízes em mim?

Do alto da minha colina olho em redor e sei que não vou a lado nenhum de bicla e não é por terem conseguido rebentar-me o pneu da frente na mudança ou por no meu prédio (coisa estranha) não haver bomba de encher pneus comunal. Saio de casa e a pobre cachorra tem de se contentar com andar às voltas por 3 prédios, ou arrisca-se a ter de me carregar às costas para voltarmos para casa. O calcanhar direito queixa-se enquanto não volta a ganhar o calo de conduzir todos os dias. Tenho de re-aprender a fazer a lista de compras, de modo a que as mesmas me durem, no mínimo, 3 semanas. Morar em Lisboa, Lisboa, não é o mesmo que morar em Amesterdão, Amesterdão - tudo está longe e não há forma eficiente de lá chegar sem ser de carro. E a diferença que há em ganhar malzito na Holanda e ganhar mal em Portugal?!? Em compensação, hoje já há jantar combinado com a prima do coração. Noves fora os almoços e lanches do fim-de-semana e feriado. Ah, pois é, e foi feriado, coisa que lá nos Países Baixos só lá para o Natal... É que enquanto em Amesterdão também ninguém tirou a lisboeta que há mim!
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terça-feira, 5 de outubro de 2010

Buli

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As tralhas multiplicaram-se por geração espontânea. Além disso, desconfio que a casa encolheu. Quando conseguir encaixar quase tudo (acho que tudo, tudo, não há maneira), volto ao aquário em força. Por enquanto, as dores nas costas mal me deixam mexer e amanhã tenho uma turma de 18 (!) putos dos 3 aos 5 anos à minha espera para lhes meter um pouco de anglicismo na cabeça logo pela manhã. Wish me luck!
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domingo, 3 de outubro de 2010

Comi

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Mais uns dias destes e rebolo. Só mais uns dias.
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P.S. - sendo que os que me confeririam bronzeado fora de época já se foram. Ex-companheiros amsterdammers alegrem-se, cá também já chove.

sábado, 2 de outubro de 2010

Cheguei

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Mais uns dias destes e já tenho bronzeado de camionista. Só mais uns dias.
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P.S. - Não sei onde vou enfiar toda a tralha que ainda há-de chegar de Amesterdão. Acho que preciso de móveis novos. E, sendo assim, de uma casa nova, onde caibam novos móveis. Ai, ai.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

So long, farewell, auf wiedersehen, goodbye!

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Este deixou de ser o meu prédio, a minha porta, a minha casa. Fui feliz, aqui. Até à vista, Amesterdão.
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sábado, 25 de setembro de 2010

5 days to go

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Tem chovido, o trabalho tem sido uma seca, as mudanças são uma canseira nunca imaginada - as coisas multiplicaram-se por geração espontânea lá em casa, é a única explicação - e já me despedi dos meus cantinhos de Amesterdão. Agora, só faltam as pessoas. E, só em 5 meses de emprego, já há tantas de quem vou ter saudades. Goodbye season starts tomorrow.
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domingo, 19 de setembro de 2010

Blackout

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A partir de amanhã, não tenho internet em casa. Aliás, não tenho net, TV cabo nem telefone fixo (o que, tudo junto, acaba por ser assim para o chato). O primeiro sinal de que nos vamos embora, mesmo. A minha disposição? Tem dias. Há os dias "vou para casa, yupiii!", os "continuo sem emprego à vista, aargh!" e os "nova etapa, venha ela!". Há quem lhe chame esquizofrenia, eu prefiro achar que é só esforço de adaptação, felicidade natural, medo da mudança e noção da realidade, tudo muito bem misturado. Bem, o resultado é que vou desaparecer dos chats, nos próximos dias. Fica o aviso, a quem interessar.
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sábado, 18 de setembro de 2010

Cada um sabe de si

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Um dia destes vou lá ver se cumprem o horário à risca. É que se forem só 18h, por exemplo, eu quero ser atendida, afinal ainda tenho 60 segundos para escolher e pagar - o que não é difícil, só há uma coisa que compro nesta loja.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Luna em patins

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Lembrei-me de experimentar ir passear a Luna de patins. Já há uns bons meses que não os tirava da mala e, o que dizer?, deu-me para aí. Foi um sucesso. Não tem medo dos patins (ao contrário da bicicleta), não puxou, não tentou parar para (mais uma) mijinha e, o mais importante de tudo, não tentou suicidar-se para debaixo das rodas. Outra coisa boa é que é algo que também posso fazer com ela em Portugal, apesar de ter de me deslocar até aos locais onde posso pôr os patins de carro e de desconfiar que lá vamos chamar um bocadinho mais a atenção (aqui somos só mais duas).
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10:30 - 13:00

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Foi uma boa escolha, até apanhei um bocadinho de sol. Daqui a 10, 15 min. vai começar a desabar outra vez. Apanhei também um holandês que achou por bem meter-se comigo. Muito educado e com um sorriso nos lábios, rosnou-me em holandês que "Quem lhe dera ser o cão para eu o passear" (eu só sei porque 2 segundos depois e perante o meu sorriso amarelo de pura incompreensão repetiu-o em inglês). Senhores, não se metam comigo. Se forem "abusados" recebem uma resposta torta ou um olhar matador, mas se forem bem-educadinhos e/ou originais eu nunca sei o que responder e, naturalmente, só me saem asneiras. A este respondi-lhe "but the dog is much cutter...", novo sorriso amarelo-esverdeado conforme me apercebi do que disse, e ala que se faz tarde enquanto o holandês, que levou tudo na brincadeira, se ria a bom rir e me agradecia o elogio. O único holandês que se mete com raparigas no meio da rua tinha de se cruzar comigo.
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Agora digam-me lá

Exactamente a que horas é que acham que saia à rua com a Luna de modo a não voltarmos as duas encharcadas até aos ossos?
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É que o "few showers" deles é relativo.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Há quem fale do fantástico Sol de Lisboa. E a Lua?

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Foto tirada do meio do Tejo num dia de Agosto. A lua, desta exacta cor, subia pelo céu, ligeiramente escondida atrás do tabuleiro da Ponte 25 de Abril. Lindo.
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Ananas- aardbei, podem não acreditar mas que los hay, hay

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Não é que eu não soubesse que isto não ia saber a nada, mas uma pessoa dá com morangos-ananás no supermercado e decide que não pode deixar este país sem os provar. É como não provar o croquetten, as batatas fritas com maionese ou stroopwaffels. E, tal como nos exemplos anteriores, mais valia ter poupado o dinheiro, que entre umas e outras coisas já dava para comprar umas bijuterias na Parfois*.
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* gostaram do toque "blogue de gaja"? Foi propositado, não se iludam.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Das coisas simples

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Eu tinha uma garrafa de água no emprego, de tampa cor-de-rosa, que era, para mim, igual a todas as outras garrafas. Esta garrafa desapareceu misteriosamente da minha secretária durante as férias em Portugal - quem sabe outra pessoa com baixo padrão de higiene apaixonou-se pela tampa cor-de-rosa e levou-a. Ontem, lembrei-me finalmente de levar outra garrafa para ter água na secretária e foi aí que me dei conta de quão especial era a minha garrafinha de tampa cor-de-rosa. E não, não é pela cor da tampa. Demoro quase um minuto a abrir a garrafa nova, de tanta volta que o raio da tampa azul-escura tem de dar, e não tenho tempo para dar um golinho entre chamadas. Quase morro de sede. É preciso uma tragédia acontecer para uma pessoa dar valor às coisas.
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terça-feira, 14 de setembro de 2010

Dinner, A'dam time

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Já não chegavam os almoços às 11h45, hoje inaugurei o jantar às 18h. Desconfio que mais logo há ceia.
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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O Irónico Ortográfico

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Começo a crer que nunca me vou entender com o Acordo Ortográfico. De tanto falar com o lado de lá do Oceano acabei por me aperceber que existe uma palavra que, ironia das ironias, se vai manter na escrita antiga em Português do Brasil e alterar na de Portugal: recepção. Sendo que o pessoal do lado de lá lê o "p", ele mantém-se. Como na nossa pronúncia o "p" é mudo, deixa de se escrever. Não posso deixar de considerar isto irónico!
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domingo, 12 de setembro de 2010

Gazzele vs Porsche

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E vinha eu lançada do emprego para casa na minha veloz Gazzele de 3 velocidades (que eu não tenho pachorra para usar e que por isso estão sempre na 2ª) quando me deparo com um belo Porsche a impedir-me o caminho. Bem educada nas lides de bicicletar em Amesterdão, enfiei-me pelo passeio e por lá continuei à espera de ver uma sombra negra vagamente parecida com um Porsche passar por mim. Não passou, e eu a olhar para trás. A Porscheta quase parava a cada lomba, para não arranhar os saiotes... Ou seja, fiz um quarteirão inteiro sem ela me apanhar. Oh, yeah!, ultrapassei uma Porscheta de Gazzele!
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Cara e coroa VI

Vou sentir a falta de levar a Luna para todo o lado.


E, por mais que me esforce, não me lembro de vantagem nenhuma de ter um cão em Portugal.

sábado, 11 de setembro de 2010

Bons conselhos

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Às vezes o que falta ao mundo é apenas bom-senso. E tudo seria tão mais fácil, tão mais simples, tão mais rico.
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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Bem apanhado

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Se fosse a Luna sairia dali com uma fatia pizza. Este coitado, não sai dali, mesmo. É de loiça!
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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

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Ainda não me tinha recomposto de ter sabido que, ontem, devolveram ao meu avô o passe que ele tinha perdido há tempos. Puseram-no, sem se acusarem, em cima da secretária dele no centro de reformados onde é voluntário, sendo que a validade tinha expirado no dia anterior. É bonito, reformados andarem a roubar outros reformados que, ainda por cima, se voluntariam para tomar conta de um espaço que os serve. Hoje, a caminho de casa, um homem tenta roubar ao meu velhote a mala com que anda a tiracolo e, não satisfeito com o empurrão e puxão na mala que deu a um senhor de 90 anos, ainda lhe pregou duas estaladas quando ele se virou aos pontapés. É nestas alturas que percebo porque é que a justiça tem de estar em mãos imparciais; não sei o que faria a estes anormais se lhes pusesse as mãos em cima. O primeiro era expulso, sem apelo nem agravo. O segundo, é melhor nem dizer. Só aviso que não sou uma arvela de 90 anos, 1,60m e 60kgs mal contados.
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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Já não chove

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Vou arriscar ir de bicla para o trabalho. Torçam por mim!
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P.S. - Não digam para partir uma perna, no entanto, que quando se anda de bicla por Amesterdão essas são coisas com que não se brincam!
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Há quem tenha múltiplas personalidades

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eu, aparentemente, tenho múltiplas pronúncias. Já há anos que me dizem que, ao falar o meu português, não tenho pronúncia lisboeta - coisa complicada, já que vivi toda a vida em Lisboa e a única avó cuja naturalidade não é lisboeta é... da Costa da Caparica (sítio longínquo e com uma pronúncia cerrada e distintíssima da lisboeta, como será fácil de perceber). Agora alastra-se às restantes línguas.
Ora ficaria satisfeitíssima que me achassem inglesa quando falo inglês, espanhola quando tento não falar portunhol e francesa quando gaguejo os esquecidos verbos dessa língua. Mas, aparentemente, tenho pronúncia polaca nessas 3 línguas, pelo menos segundo uma americana (disse-mo ontem) uma francesa (acho que foi há 2 dias) e uma espanhola (não me lembro quando). Mas se é curioso não ter pronúncia lisboeta em português, ter pronúncia polaca seja no que for é hilariante, pois não falo pêvas de polaco nem nunca pisei semelhante terra.
A cereja no topo do bolo veio ontem. Após uma conversa mais ou menos prolongada com uma brasileira vem como despedida "Então boa tardji, êstrangeira!" e eu, um pouco apardalada mas não o suficiente para fechar a matraca perguntei "Estrangeira?". Responde-me a brasileira do outro lado da linha: "Sim, você não é brasileira, poijs não? Mais fala um portuguêis quasi perfeito, viu?". Vá lá que tive presença de espírito para lhe responder um "É natural, dado que sou portuguesa...". Enfim, dava meio mês de salário para estar no Brasil (já agora com direito a tempo para umas férias) e ver a cara da senhora enquanto me gaguejava que não se tinha apercebido. Para o que uma pessoa está guardada, com franqueza.
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terça-feira, 7 de setembro de 2010

Srs. Drs. de Portugal e Brasil

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Quando escrevem emails, pedem cartões de crédito, reservam seja o que for - carros, hotéis, compras no continente online - não dêem como "nome" Dra. Maria do Céu Barros; e não assinem Francisco Jorge de Andrade Sanches Costa e Gomes, médico da Faculdade de Medicina de Coimbra; e, last but not least, não usem esses títulos numa tentativa de impressionar ou intimidar as pessoas com quem estão a lidar. Não funciona e nunca se sabe que doutores ou engenheiros estarão do outro lado...
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sábado, 4 de setembro de 2010

Consultas pessoais ou à distância*

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Vale a pena ir a Portugal nem que seja para dar com uma pérola como um panfleto do Professor Turé na caixa de correio**. Não é todos os dias que se encontra "no nosso país um grande mestre, professor de Astrologia, internacionalmente conhecido (...) que ajuda a resolver problemas dos mais difíceis ou graves".
Um dos "problemas" que o Professor resolve é o emprego. Ora aí está um problema difícil de resolver. Ainda bem que ele o resolve, assim ao governo só resta resolver o desemprego. É justo. A cada um segundo as suas capacidades. Outra curiosidade no panfleto do Professor é "saber o passado, presente e futuro". O presente é fácil saber - basta olhar à volta. O futuro qualquer mago de meia-tijela adivinha. Agora o passado?!? "Saber o passsado" alarga a clienta, apelando directamente ao coração de esquecidos e sofredores de Alzheimer***. É de um brilhantismo nunca visto. Agora, na minha opinião, o maior "problema" que o Professor resolve é a "amarração da mulher em 7 dias e do homem em 8". Resta-me apenas uma curiosidade: porquê a diferença de 24h?
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* é óptimo, pode ser que me ouça aqui da Holanda;
** tenho lá o autocolante "publicidade não endereçada aqui não, obrigada" mas por isto até desculpo os vizinhos anormais que enfiam o lixo deles na minha caixa;
*** não pretendo brincar com semelhante doença, apenas com o Professor Turé.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

E

confirmo que daqui a um mês regresso ao mesmo país de onde saí há quase 2 anos. E por mesmo quero dizer igual - o que pode nem ser mau dado que as expectativas eram de que estivesse pior. Após 6 meses de ausência e de 2 anos em que as estadias em Lisboa pouco foram além dos 5 dias de cada vez, posso confirmar que o alcatrão continua em falta nos mesmo sítios, pois ainda consigo evitar (quase) todos os buracos com eficácia. A TV continua na mesma, além das más telenovelas fictícias continua a da Casa Pia. Dizem que hoje foi o fim, mas eu não acredito. Com um sucesso destes há sempre uma nova época, novos episódios que, como nas más séries, são iguais aos anteriores e perdem interesse a cada minuto. Tudo o que havia a saber já foi dito ou é lixo ainda mais podre que o original.

Desejos conseguidos

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E até à chegada consegui 1 bocadinho de sol...
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terça-feira, 24 de agosto de 2010

Wishlist

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Sol. Família. Sol. Casamento. Sol. Amigos. Sol. Comida boa. Sol. Saldos. Sol. Descanso. Sol. Cabeleireiro. E um bocadinho mais de Sol. Será pedir muito?
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P.S. - Vou a casa. 9 dias. E estou mesmo a precisar.
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My TMN

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A TMN é uma droga. É careira, envia mensagens de informação que induzem em erro e, ainda por cima, também já tem o atendimento ao cliente pago. Mas tem o My TMN e o envio grátis de sms para outros 96 ou a 0,10euros para as outras redes. Comparando com os 0,20 que pagaria à Vodafone holandesa para enviar a mesma mensagem ou os 0,50 que pagaria usando o próprio telemóvel TMN... É um luxo, especialmente para quem está no estrangeiro.
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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Confirma-se

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Para quê um marido se se pode ter um cão?
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Lembro-me que me falta a companhia do mariducho de manhã, quando é o meu despertador a apitar e não o dele, meia hora (pelo menos) antes que o meu. À noite, quando me deito, também, por outros motivos óbvios - estava a referir-me à cama fria! Já da minha manchinha negra lembro-me o tempo todo, quando saio do emprego e penso que não vale a pena ir a correr para casa porque ela não está à minha espera para ser passeada. Quando me levanto da secretária para ir para o sofá (ou vice-versa) e olho para a almofada (vazia) aos meus pés. Quando dou um passo na cozinha e esforço as lentes de contacto (que os olhos não vêem nada de jeito) para a distinguir nos azulejos igualmente negros. Quando termino o iogurte e não tenho quem lave a embalagem antes de a colocar no lixo.
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Aconselho vivamente!
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P.S. - Brincadeirinha, tenho saudades do homem mas o facto é que ele, de vez em quando, já não está - foi de viagem, está no trabalho, foi sair com os colegas; já ela, a minha Luna, está sempre. Ou estava, que agora não está.

domingo, 22 de agosto de 2010

Vá, não custa nada

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A loja de animais do Almada Fórum diz à minha mãe que vende uns 5 a 6 cachorros num dia nesta época em que há muita gente de férias, ou fins-de-semana... E depois leio aqui que dados, bebés, lindos, nem 1 levam. Minha gente, a sério, porquê? Já nem digo os crescidos, mas se querem um cãozinho bebé, adoptem um de uma das mil associações que há por todo o país. Há dos "de marca" e tudo!
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sábado, 21 de agosto de 2010

Cara e coroa V

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Vou sentir a falta dos ursinhos de goma da Haribo.



Não vou sentir falta nenhuma da fruta sem sabor.
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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Amaesterdão vista do Aquário IV

ou: Os Esquecidos. Quatro outros tascos :
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Boerderij Meerzicht, uma crèperie no meio do Amsterdamse Bos, um bosque tão falso como grande e agradável para quem gosta de caminhadas ou voltas de bicicleta pelo meio das árvores. A crèperie é boa, sendo que é difícil esperar menos de meia hora pelo crepe, mas valem a pena a espera.

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De Taart van m'n Tante - mesmo ao pé da Maria Heinekenplein, é uma pastelaria de aspecto curioso, está decorada com bolos daqueles cobertos de massa açucarada que dá para fazer de tudo. Há um palácio de conto-de-fadas, há uma carocha, há o bolo com a fatia cortada (e também coberta com a massa). Muito engraçado, mais que não seja para olhar.
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Côte Ouest café restaurant, um restaurante muito bom (muito bom mesmo), com cozinha holandesa e também um tudo-nada de inspiração francesa. Aconselho o que tiver laivos afrancesados (pois). Caro como o raio, podem encontrá-lo por trás de Nieuw kerk, perto da Dam.
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E o Café Lotje, na Gab. Metsustraat, dizem ter os melhores bifes de Amesterdão. Não faço ideia se têm ou não, mas lá que está sempre cheio, está. E esse é o problema, havendo tanta gente fazem uma lista de espera (literalmente escreves o nome num caderninho que está no balcão) e esperas sem haver sequer indicação de quanto vais esperar. E, pelo aspecto da coisa, espera-se bem, coisa que não agrada nada ao mariducho - ou seja, das vezes que lá passámos viemos embora antes de assinar o dito. E pronto. Acabaram-se as sugestões.
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Até 25 de Agosto

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Podia olhar para os próximos 5 dias e pensar na solidão das horas que passarei em casa, no frio nos pés durante a noite e na almofada vazia aos pés da secretária para onde já olhei instintivamente com esperanças de aí encontrar o meu bicho preto. Mas vou mas é gozar 5 dias de independência, em que não tenho o bicho à espera para ir passear, em que vou rebolar à vontade, ocupando a cama de uma ponta à outra - e se há pessoa com capacidade para ocupar toda uma cama de casal sou eu - e em que me vou encher de saudades de mais uma pessoa para matar em Portugal.
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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Estratos sociais

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A divisão social da Amesterdão do despontar do séc. XXI pode ser medida pela forma como a mobília de casa de cada um é transportada entre a rua e a própria casa - sendo que por casa estou a referir-me a apartamentos e, em especial, aos que vivem acima do 1º piso. Esta divisão peculiar da sociedade tem limites de aplicabilidade bastante estreitos, sendo que não fará qualquer sentido, por ex., em Portugal, por motivos que serão por si só óbvios, quando parar a lenga-lenga e começar finalmente a explicar a dita teoria. Então, na sociedade Amsterdamer do início deste século o povo iça a mobília até à janela através do sobejamente conhecido método da corda, do gancho e força braçal. A burguesia, mais dada a luxos, contrata empresas que alugam uma espécie de gruas com uma plataforma elevatória que transportam a mobília até à dita janela. A nobreza, esse estrato tão mais superior... tem elevador. Logo, a mobília entra pela porta.
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No comments

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Eu digo: "Ontem vi uma muçulmana a conduzir um eléctrico!!"
O mariducho responde: "Espero que não fosse de burka..."
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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Obrigada!

Correu tudo bem, mãe já está de volta a casa (isto agora é abre, tira, cose e ala para casa!). Ligeiramente xoné, que isto de levar anestesia é como fumar muitos charros durante muitos anos, mas óptima de resto. Grande mãezocas! Menos um obstáculo. E daqui a 8 dias já tem os miminhos da filhota para finalizar a recuperação.

Hoje

tenho trabalho a fazer, tenho jantar da companhia para assistir, compras a fazer no meio mas a minha cabeça está no Hospital São Francisco de Xavier. Boa sorte, mãe, eu sei que é uma coisa pequenina mas operações são operações. Força, daqui a 7 dias estou aí.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Profissionais de que a gente precisa

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Cabeleireiros que não cortem 1 palmo de cabelo quando pedimos para cortar as pontas;
Nutricionistas que nos digam que emagrecer devagar é que é bom e que não é só perder peso, mas volume;
Ginecologistas que não nos avisem sobre o relógio biológico a cada consulta apartir dos 29;
Médicos de família que não insistam em irmos buscar a pílula, à borla, à consulta de família quando eles próprios nos podem passar a mesma numa receita;
Cozinheiros que não achem que a comida é óptima só porque é pouca, cara e servida num prato digno dos romanos;
Dentistas que não considerem a anestesia um bem raro e a poupar;
Chefes que olhem para os trabalhadores e não vejam escravos;
Técnicos de higiene urbana (vulgo varredores de rua) que não achem que o trabalho deles é recolher o lixo que está no passeio e despejar no areal ali ao lado;
Empregados de supermercado (que nome pomposo terão estes?) que saibam onde estão os bens dentro da loja onde trabalham.
Empregados de mesa (e esta é específica para a Holanda - espero) que não nos venham perguntar se aquele prato foi pedido por nós.
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E por enquanto é tudo. Mas desconfio que, com tempo e uma caneta e papel à mão para tomar nota, os exemplos encheriam uma folha A4 a letra 12 e espaço simples.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Life motto

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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Amesterdão vista do Aquário III

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Lanche - um lanche à portuguesa podem esquecer. Ou repetem o pequeno-almoço na Coffe Company, ou dão uma de holandeses e comem o jantar à hora do lanche (ou seja, carne ou peixe e arroz, etc.) ou vão para a cervejaria e comem uns aperitivos fritos (as famosas bitterballen que, do ponto de vista de um português são uns aperitivos mal-amanhados na maioria das vezes). Antes das 17h, se estiverem na zona dos museus (Van Gohg e Rijksmuseum) há um café-bar em Museumplein, o Cobra, que tem umas apfel pannekoeken (que é como quem diz panquecas de maçã) que valem a pena. Peçam mel para pôr por cima em vez do açúcar em pó e lambam os dedos! Se a visita for perto da altura do Natal há banquinhas por todo o lado com umas especialidades locais que não são más de todo: oliebollen (entre a bola de Berlim e a filhós, com diversos recheios - para quem gosta, experimentem os de marzipan, e maçã, quentinhos são bem bons) e poffertjes (mini-panquecas com chocolate derretido ou açúcar em pó). Ah, claro, e estava a esquecer-me do melhor. Australian. A melhor gelataria em Amesterdão (é uma cadeia, há várias, nomeadamente em Koningsplein ou em Leidsestraat) na minha humilde opinião. Além disso, se estiver frio e chuva (é capaz de acontecer) podem sempre pedir um waffel com chocolate quente e chantilly, que sempre aquece um pouco o estômago.

Jantar - jantar jé é possível, mas preparem a carteira, que os preços por aqui justificam o epíteto "dolorosa". A mim custa-me sair para jantar fora por isto mesmo: vou pagar bem e sabe deus o que vou comer. Em cada 5 jantares 3 não me agradaram (muito, pouco ou nada). Bem, posto isto e passando por cima do Hard Rock que é igual em todo o lado (mas eu só o experimentei aqui), temos o L'entrecôte des Dames, na Van Baerlestraat a cem metros do Concert Gebow. O menú é limitado (pelo que percebi há uma opção de carne, outra de peixe, uma entrada de salada - também conhecida como folhas de alface quase inteiras - e sobremesas variadas) mas a carne é muito boa, com uma molhanga verde mas saborosa e acompanhada pelas inevitáveis batatas fritas. E, descoberta recentíssima: De portugees. Eu sei que quem vem em turismo não tem saudades de uma linguiça assada ou de um leitão assado, por isso esta recomendação dedico-a aos expatriados - é que o De portugees é um restaurante português, ali em pleno Red light (Zeedijk 39A)e, ao contrário dos outros 2 restaurantes portugueses que conheço aqui em Amesterdão tem bom aspecto, a comida é óptima e os empregados uma simpatia. Mais uma vez, o óbvio: contem com 35€ por cabeça se não beberem nada melhor que uma cola ou uma cerveja. Anteontem vim quase a rebolar para casa... Que felicidade!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Cai, e cai bem

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Cheguei a casa há 10 min e, perante a escuridão repentina, aproximo-me da janela para comprovar que a pancada de água que algumas nuvens prometiam no horizonte quando vinha para casa está a cair. Lembro-me da fila para entrar no Van Gogh, que dava a volta ao quarteirão, e imagino dois terços a fugirem em todas as direcções em busca de abrigo, enquanto o restante terço saca do chapéu-de-chuva e/ou gabardina e fica feliz porque, de repente, já estão quase dentro do museu. Eu sorrio e dá-me vontade de lhes ir lá dizer "Bem-vindos ao Verão neerlandês"...
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Finalmente,

a ajuda de que tanto necessitava chegou. Obrigada, obrigada, obrigada! Acabaram-se os dias de folga a aspirar. A noite em que me dava um chilique e limpava a cozinha toda, o tempo todo a resmungar com o frigorífico prateado que nunca está completamente resplandecente. A irritação de ter de andar a dividir tarefas com o marido. Isaura, bem-vinda! Apodera-te da esfregona. Domina o aspirador. Atira-te ao Cif. Vais fazer de mim uma mulher muito mais feliz*.
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* a minha teoria quanto ao dinheiro é simples: se há 2 coisas em que é bem gasto é em ajuda na limpeza da casa e viagens e laureanço da pevide no geral.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Calmexan 5mg

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É oficial: pertenço ao clube dos malucos medicados. Ou seja, dos que não batem bem da bola e têm de ser medicados para controlar a maluquice. Mas dos drogados legais. Sim, aqueles que vão à farmácia comprar a droga. E cujas receitas são passadas por médicos responsáveis. E que respeitam as dosagens indicadas. Mas malucos e drogados na mesma. O que é certo é que nunca mais tive insónias a meio da noite (de acordar às 3 da manhã e só voltar a adormecer por volta das 7, ou seja, não dormir nada) e as enxaquecas andam mais espaçadas e fracas. É verdade. Ando drogada mas feliz.
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terça-feira, 10 de agosto de 2010

Mickey vs Barata

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Ainda era miúda quando começou a dar o ER - Serviço de Urgência e adorava ver a série. E não era (ainda) pela beleza do George Clooney. Lá com vísceras, sangue e morte eu até lidava, com mais ou menos lágrimas. Mas num episódio uma doente tinha uma barata enfiada no ouvido, tiveram de a tirar com uma pinça! Fiquei traumatizada para todo o sempre. Acham que processe o Clooney por danos irreparáveis na minha psique?
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O meu primeiro rato

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Amesterdão está cheia de ratos, toda a gente sabe. A existência de felinos em muitas lojas e restaurantes não é inocente. Mas eu, em 22 meses por esta cidade, consegui nunca ver nenhum - até agora. E onde, of all places, havia eu de ver o raio do ratito? No hall de entrada do meu prédio, pois claro. Bem, antes o Mickey que uma barata.
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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

O ridículo do ridículo

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É irem estragar a minha mata, irem meter um IC quase em cima das (poucas, é certo) casas e a única preoupação do idiota de um dos moradores é se vão fechar a estrada com rails ou se lhe deixam uma aberturazinha, que ele abre um portão no muro para ter acesso directo!
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Memórias de infância

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Estão a estragar uma das paisagens da minha infância. Uma mata pobre, envelhecida e doente mas espectacular aos meus olhos de criança aventureira* vai ser substituída por uma estrada, um IC, apesar de não há muitos anos ter uma placa a anunciar "paisagem protegida". E, digo-vos honestamente, a destruição desta mata incomoda-me muito, mas muito mais do que uma qualquer barragem a submergir pinturas rupestres. São aventuras que os meus filhos (se os houver) não vão poder viver.
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* demasiados livros da Enid Blyton

Para todos os efeitos

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O bom de Sábado "ter sido" 2ª-feira é que pelo mesmo raciocínio hoje já é 4ª... E só faltam 2 dias para o (meu) fim-de-semana!
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P.S. - Eu sei que não me calo com esta história dos dias da semana trocados mas nunca tive um horário assim na vida, não gosto e esta é a única forma de me consolar - gozando com a situação. Com um bocado de sorte daqui a uns tempos canso-me e deixo de vos chatear com estas idiotices.

domingo, 8 de agosto de 2010

Amesterdão vista do Aquário II

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Bem, vamos lá a seguir com isto, que senão já estou em Lisboa e ainda ando a aconselhar sobre Amesterdão!
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A pedido especial de uma certa menina, aqui vão uns conselhos sobre comes e bebes. Tenho, novamente, que dizer que quem quer comer bem, veio parar ao sítio errado. Aqui como-se normalmente mal, em alguns sítios mais-ou-menos e, em poucos, bem. Tendo dito, vamos a isto:
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Pequeno-almoço - os holandeses tomam geralmente o pequeno-almoço em casa por isso não abundam sítios não virados para o turistame (raça infame, praga dos infernos, mas só os outros, que vocês, leitores meus, são uns queridos mesmo quando vêem invadir-me o pedaço!). O que vos aconselho é o muffin ou croissant com um latte - galão com espuma - da Coffe Company. Há várias pela cidade, na Dam, em Spui, perto da Rembrandtplein, entre a Heineken e o mercado Albert Cuyp, etc.. Sendo caro - não gastam menos de 5€ em cada pequeno-almoço - é preço médio para estas paragens e não ficam nada mal, que estes lattes são uma coisa do outro mundo. Se estiver calor, a meio tarde, ainda vos aconselho um frozen capuccino, leite, café e gelo, tudo batido na trituradora, que mete o frapuccino do Starbucks num canto. Perto do mercado Albert Cuyp têm ainda o Bakker met Passie, com uma variedade enorme de pães, bolos e croissants.
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Almoço - esta é a parte complicada: holandês que se preze almoça sandes e/ou salada. Há pizzarias por todo o lado, mas as pizzas não valem nada (na minha experiência). As minhas únicas recomendações são: La Place - marché du monde, na rua Rokin, mesmo na continuação da Dam. É um restaurante para todos os gostos, com diversas "bancas", cada uma com uma oferta diferente, desde o frango assado (atenção, nada a ver com um franguinho na brasa à portuguesa) aos woks (muito bons!) comida vegetariana, fruta, batidos e sumos naturais. Mais perto do Red Light, na Warmoesstraat, há dois Bakkers Winkel, um com lugares sentados (normalmente há fila para sentar) e outro mais pequeno, tipo take-away, onde se comem umas quiches, sandes e sopas boas. Cuidado com a sopa de pimento (parece tomate mas não é!). Se resolverem dar um passeio pela praia (no caso improvável de virem cá com tempo de sobra e o tempo estar bom - duas combinações improváveis dos dois significados da palavra tempo) em Zandvoort am zee, a 20 min. de comboio de Amsterdam Centraal, sigam pelo paredão para o lado esquerdo estando a olhar para o mar (diz o mariducho que é para sul) e vão andando, andando, até à penúltima barraca. Tem um nome estranho, qualquer coisa com Tuy no meio se não me engano e costuma ter uma sandes e / ou uma salada com blauw kaas (um qualquer queijo azul que não é roquefort) que valem a pena os kms. Ok, a vista para a praia também é bonitinha.
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sábado, 7 de agosto de 2010

Mas lá que está difícil, está

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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

...

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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Problema resolvido

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Paguei pelo pneu novo 1/3 do que paguei pela bicicleta toda há 1 ano atrás. Desconfio que fui endrominada mas a alternativa era empurrar a bicicleta ainda mais longe. A preguiça venceu a forretice.
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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Coisas que não aconteceriam em Portugal

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Ter um pneu furado e a solução ser... empurrar o veículo até casa.
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P.S. - e, amanhã, empurrá-lo de novo até à oficina.

Agora temos menu

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E assim já sei que amanhã não vou poder comer sopa de espargos, depois de amanhã não vou degustar pita shoarma (peru ou tofu) mas Sábado vou ter o prazer de saborear uma sandocha de queijo chèvre e Domingo espetinhos satay - além dos habituais fatias de pão, de queijos variados, de salame, etc., e salada de alface (se não tiver pepino e/ou pimentos já misturados já é bom).
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terça-feira, 3 de agosto de 2010

O cachorrinho feio

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Era uma vez uma ninhada de cachorrinhos para adopção, algures, e uma senhora que resolveu adoptar um deles. Ao ir vê-los descobriu que um dos cachorrinhos, inexplicavelmente, era feio. Ora se há altura em que todos os cães são bonitos e fofinhos é quando são bebés. Se este já era feio em cachorro, imagine-se em adulto! Pois a senhora teve pena dele, ficou com o cachorrinho feio e, em jeito de compensação, esforçou-se por se lembrar de um nome que o dignificasse, que o compensasse pela falta de beleza, e assim o baptizou: Napoleão. Ora não é que o Napoleão é um rafeiroso lindo, agora que é adulto e apesar de até já ser velhinho?!?
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P.S. - Volta e meia encontro a senhora e o seu Napoleão e lembro-me, enquanto a senhora dá um treat à Luna, que ainda não escrevi esta fábula da vida real aqui. Hoje lembrei-me outra vez, mas de hoje já não passou.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Como pôr uma peixa a nadar no aquário errado:

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2º piso: casa-de-banho dos homens à direita, mulheres em frente;
4º piso: casa-de-banho dos homens à direita, mulheres em frente;
1º piso: casa-de-banho dos homens em frente, mulheres à direita.
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P.S. - sim, trabalho há meia-dúzia de vezes neste job e já mudei de piso 3 vezes!
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sábado, 31 de julho de 2010

Cara e coroa IV

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Vou sentir a falta de ver patinhos da janela da sala.



Não vou ter saudades nenhumas dos mosquitos e varejeiras cada vez
que a temperatura sobe acima dos 20ºC.
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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Aaaargh!

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Tenho que me ir embora, quero ir-me embora, tirem-me desta cidade! Já não posso com isto, estão por todo o lado, só os ouço a hablarem, a parlarem, a falarem e a speakarem em todas as pronúncias possíveis e imaginárias por todos os cantos, não há um lugarzinho que escape, ao sol e à sombra, nas ruas mais recônditas e sem interesse algum, mal saio de casa e lá estão eles, a pé e de bicicleta, mal sabem manter o volante a direito, de mapa numa mão e máquina fotográfica na outra, grandes, pequenos, gordos e magros, em família, aos casaisinhos, em manada, raios os partam, já não posso com o TURISTAME!
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Higiene não é com eles

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Como acabar com os planos de almoço deste peixinho dourado: ir ao mercado comprar peixe (sim, pode dizer-se que sou canibal) e ver carradas de moscas e varejeiras a voar e pousar no peixe exposto. A banca onde costumo ir está fechada para férias, é a única mais resguardada destas pragas. Blergh!
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Estórias do Portugal não-profundo

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Uma amiga começou um trabalho há uns tempos, foram-lhe renovando os contratos até que agora, finalmente, lhe propuseram a efectividade. A felicidade foi de pouca dura. Ao explicarem o que lhe estavam a propôr, uma coisa ficou clara à partida: o ordenado declarado (às finanças e à segurança social) seria o ordenado mínimo, o restante, até cerca de 800€, seria pago por fora. Cerca de metade do ordenado seria pago por fora, sendo que a minha amiga já nem precisava de apresentar despesas como talões de gasolina (o velho esquema) apenas recebia "por fora". Incomodada e numa posição de não saber o que fazer foi falar com a amiga que lhe tinha dado a dica de que havia uma vaga naquela empresa (claro, de que outra forma se arranja emprego em Portugal? Anúncios no jornal ou nos sites de emprego, não?). A resposta da amiga foi "Mas estamos todos assim...". E agora a minha amiga é mais uma que "está assim". Mais uma a chular o Estado. Mais uma a sacrificar o montante da sua suposta e hipotética reforma. Mais uma a contribuir para que esse país não passe da cepa torta. E não, não a culpo, nem sequer a julgo - sei bem o tempo que passou até conseguir este emprego, e a opção voltar ao desemprego não é de se tomar de forma leve. Critico a empresa. Uma "empresa portuguesa". Em que a dona ainda é chamada "a patroa". Que tem visão para o seu próprio negócio mas não para mais, não para o bem-estar dos seus empregados, não para o bem-estar do país. Que tem, provavelmente, a 4ª classe como a grande maioria dos "empresários" portugueses (qual era a percentagem, mesmo? 80 e muitos %? 90%?) e que sabe todos os rios e afluentes portugueses e, até, as estações e apeadeiros das linhas férreas de Angola e Moçambique. Mas que de gestão percebe a do seu próprio bolso. E cujo modo de funcionar é sancionado por um Estado que tem plena consciência do que se passa, de como tudo funciona, desde os ordenados reais aos declarados e às carradas de falsos trabalhadores independentes a recibos verdes. E são estas coisas que transformam a alegria de voltar à minha terra, à minha cidade, à minha família e amigos numa bola de nervos no meu estômago.
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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Ai, franguinho, franguinho

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Foi por uma unha branca (que as unhas de um descendente de pastor alemão de raça como eu, Luna, são todas negras e apenas uma, à frente, é branquinha) que no outro dia não me alimentei como deve de ser. Enfiei o focinho numa caixa com frango de churrasco (ou coisa parecida, mas pior, que fazem aqui nesta terra) que deixaram, aberta e abandonada, no meio de Museumplein. Tive o azar de a minha dona estar a levar-me pela trela, o que não é costume naquele sítio, e puxar-me mesmo quando toquei com o nariz no pitéu, senão pelo menos uma coxinha tinha marchado. O meu dono ficou todo coiso porque disse que a comida era de dois idiotas que estavam um bocado à direita da comida a falar e olhar não sei para quê. A minha dona é que não deu por ninguém e seguiu como se nada fosse - e fez ela muito bem já que afinal, se não querem ter focinhos na comida, não a deixavam no meio do chão da praça onde todos os cães das redondezas vão passear! Ou acham que tivemos todos aulas com a Bobone e não comemos do chão?
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Sábado,

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pela graça de deus!
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P.S. - Se hoje e amanhã não trabalho, significa que hoje é Sábado e, amanhã, Domingo e nos dias seguintes, nomeadamente Sábado e Domingo para todos vocês, já serão Segunda e Terça-feira para mim. E por aí em diante. A sorte é isto não ir durar muito, senão acabava a fazer 32 com dois dias de antecedência - ou, o que é pior, duas vezes!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

As cerejas na Holanda...

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... já não valem uma ginja!*
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* mas custam quase o mesmo que uma trufa.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Sintam, por eles

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Daqui.

Cara e coroa III

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Vou sentir a falta de ter um escritório, máquina de secar roupa e uma sala XXL.



Não vou ter saudades nenhumas da kitchenette e do cheiro a comida pela casa toda.
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segunda-feira, 26 de julho de 2010

E regressámos à normalidade

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Confesso que estava a assustar-me um pouco o Verão que temos vivido nas últimas semanas, ocasionalmente interrompido por trovoadas e chuvas torrenciais (muito tropical). Agora, para meu descanso, regressámos ao que sei ser uma Primavera-Verão tradicionalmente holandesa: chuva, frio e ausência total de sol. Sinto-me em casa.
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domingo, 25 de julho de 2010

Ele há dias e dias

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Se há coisa de que não me posso queixar aqui em Amesterdão é da vizinhança - excepção feita ao violinista que, por muito bem que toque, me dá conta dos nervos. Todos são simpáticos, conversadores (sem serem cuscos), gostam da Luna e, o mais importante de tudo, ninguém dá por eles! Mas há uma senhora, dos seus 50-60 anos, loura oxigenada (que é para começar já com os elogios) que ou anda sempre de trombas ou não gosta de mim. É bom de ver que eu sou uma rapariga simpática e, principalmente, educada. Cumprimento sempre as pessoas e, mesmo se de mau humor, esforço-me por sorrir e desejar bom dia seja a quem for com quem me cruze no elevador do meu próprio prédio. E o mesmo fazem os outros vizinhos - uns mais, outros menos, mas fazem. Excepto esta. E começar um Domingo de trabalho com um encontro em terceiro grau com a avantesma oxigenada e trombuda é coisa para me chatear mais ainda do que nos outros dias. Espero que chova (desculpem-me os restantes amsterdamers).
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sexta-feira, 23 de julho de 2010

Amesterdão vista do Aquário

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No caso improvável de alguém vir aqui pedir-me conselhos para uma viagem a Amesterdão, aqui ficam uns posts com dicas avulso de quem cá vive há quase, quase, 2 anos. Tenho a avisar que, se procuram bons sítios para jantar, coffeshops e cervejarias a coisa não vos vai satisfazer: não tenho experiência relevante para aconselhamentos. Posto isto, vou começar com uma ideia geral da coisa.
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Amesterdão é uma cidade pequenita com um monte de gente de todas as nacionalidades a viver uns em cima dos outros. Juntem a isso o facto de ser uma cidade altamente turística e ficam com uma boa ideia do ambiente que se vive na capital* dos Países Baixos (vim agora do centro atulhado de turistas, nota-se?).
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No geral, eu gosto sempre de fazer um hop-on, hop-off, quando vou em turismo, sendo que em Amesterdão têm a possibilidade de o fazerem num barco pelos canais, o que sempre dá outro interesse à coisa e ficam a conhecer coisas como o prédio mais estreito da cidade (além da largura da porta pouco mais tem) e com uma ideia geral da cidade.
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A ideia das voltas de bicicleta, é como disse há dias: se não andam em cima de uma desde que o vosso ídolo era o Axel Rose, esqueçam, até porque enquanto se concentram em não cair, não atropelar e não ser atropelados não olham para os sítios por onde vão passando - é esse o objectivo de visitar uma cidade, certo? Ah, e a dor nos glúteos no dia seguinte também é lixada, mas isso são outros 500.
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Outra questão relevante é: quando vir (ou ir, no vosso caso)? Pois, no Inverno faz frio para caraças para quem está habituado ao clima de Lisboa e arredores (se viverem na Serra da Estrela e em sítios como a Guarda já sabem ao que me refiro) e os dias são curtos (em determinado período o sol põe-se às 16h30). Na Primavera, costuma haver bom tempo, mas chove bastante (e este ano esteve frio até meio de Maio). No Verão também chove (claro!) e pode fazer bastante calor, mas o mais provável é estar ameno. O meu conselho? Visitem o weather.com antes de vir e tragam roupa para vestir em camadas - despe e veste consoante o clima de cada dia.
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* depois de diversas pesquisas confirma-se que Amesterdão é mesmo a capital. O centro do governo está em Haia, mas isso são pormenores.
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