quinta-feira, 12 de julho de 2012

A vingança nunca para*

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Uma das coisas giras de continuar a morar na zona que me viu crescer é encontrar os "stores" da escola secundária e falar-lhes. Aos que gostavam de nós e ficam felizes pelo encontro e, especialmente, aos que não gostaram de nós e fazem de tudo para evitar, sequer, cruzar o olhar connosco.
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* A.O., eu até me esforço, mas não consigo habituar-me a ti; és feio.
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segunda-feira, 9 de julho de 2012

Estou tão contente

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O jeito para matar todas as plantas que por minha casa passam já era do meu conhecimento. Afinal descobri que também tenho jeito para as resuscitar!
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(Se vissem o estado do meu pobre manjerico ontem à noite e o de agora até criam em milagres; deve ser porque gosto tanto de manjericos e do seu cheiro.)
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sábado, 7 de julho de 2012

Ai se o Euromilhões fosse tão previsível como o nosso desgoverno

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Eu não disse que vinha aí nova contribuição para a saída da crise? E afinal nem 15 dias demorou, com a ajudinha dos senhores do Tribunal Constitucional que acordaram de repente - algum pesadelo a perturbar o sono de beleza, coitados. Agora quero ver os que achavam que o funcionário público e o reformado só estavam a fazer a sua obrigação ao levar com o corte contentinhos por irem entrar na dança.
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quarta-feira, 4 de julho de 2012

Não é adágio popular (mas podia)

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Se mãe-galinha foste, avó-galinha serás.
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terça-feira, 3 de julho de 2012

Boas ideias (e exemplos)

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Ando eu a matutar como hei de continuar na profissão que me escolheu (professora) apesar de ter uma licenciatura em Comunicação Social. Será melhor matricular-me no curso de professora primária, dado que dou aulas nesse grau de ensino? Ou tiro um Inglês-Espanhol direcionado ao ensino de alunos mais velhos? Desconfio que o que quer escolha será o que não vai contar um dia que o Inglês no 1º ciclo se torne obrigatório... Ora, dúvidas para quê, tiro os dois! É só seguir o exemplo do nosso querido Miguel Relvas e pedir o reconhecimento da minha experiência profissional! Ainda por cima eu, ao contrário do Miguel, tenho-a.
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Pimenta no rabo dos outros p'ra mim é frescura

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Em conversa com as professoras do colégio, duas sugeriram que eu falasse com o diretor para que fosse o colégio a contratar-me diretamente, mesmo que a recibos verdes, sempre recebia eu os 5€/h que neste momento ficam nas mãos da empresa que me contrata. Depois da reunião perguntaram-me como tinha corrido e o que ele tinha dito - também a elas convém que eu fique, os pais dão muita importância ao Inglês e, por experiência de outros anos, sabem que havendo problemas são elas que levam com as reclamações. Eu expliquei que ele nem me tinha dado hipóteses, que tinha logo dito que queria manter a empresa mas que gostava que eu ficasse. Houve logo quem percebesse a situação do dono do colégio: "se faltas a empresa substitui-te", "se engravidasses era um problema para o colégio substituir-te uma data de meses", etc.. Respondi-lhe algo como "ainda bem que compreendes a posição do doutor, quando for a vez de vocês, professoras de base, ficarem a recibos verdes custa-te menos a aceitar a situação". Porque é que as pessoas são tão egoístas?
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A raiva já passou

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Sou professora de Inglês de crianças dos 3 aos 10 anos (bem, já os tive de 14, 15 ou 16, mas isso são outros quinhentos) - e, a julgar pelas reações de crianças, pais e restantes professores ao fim de cada ano de convivência comigo, além de ser uma profissão que me dá gozo, desempenho-a bem. Mas, apesar de já ser o 5º ano letivo em que dou aulas através da mesma empresa, continuo a recibos verdes e, loucura das loucuras, com o vencimento por hora a diminuir - assim como os enfermeiros, outra classe profissional que também não tem o respeito deste país ou de quem o governa (há alguma que o tenha?). Escolas públicas, colégios particulares, de Chelas a Alvalade, meninos que se tratam por você e crianças que passam noites acordadas à espera que o pai, bêbado, chegue a casa e acabe de espancar a mãe para elas a irem confortar, tratar e pôr na cama, já vi, já conheci, já ensinei, já beijei. Não há nada melhor que se possa fazer pelo Inglês enquanto disciplina não obrigatória e em turmas cujos alunos não têm um conhecimento nivelado do que fazê-los gostar, desinibi-los, encorajá-los. Não há nada pior que se possa fazer do que contratar pessoas que não são capazes de gostar das crianças, que não conseguem impôr alguma disciplina, que não se conseguem adaptar a cada turma e utilizar as estratégias que, naquele caso, melhor funcionam. Não há nada pior do que tratar os que têm jeito e os que não têm - não gosto da dicotomia "os bons e os maus" - da mesma maneira. Neste fim de ano sinto-me lixo: lixo acarinhado, lixo elogiado, lixo desejado, mas lixo na mesma. E já só me sobra o desconsolo.
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