quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Marketing for Dummies

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Eu gosto (not) do estilo do nosso governo. O meu eu que adorava marketing quase entra em histeria com a facilidade com que o executivo tem passado as suas ideias, fazendo delas ideias do povo. Ora seguem dois exemplos: anuncia-se algo muito, muito mau (ou, melhor, deixa-se transpirar para um qualquer meio de comunicação social uma medida, vinda de parte incerta, como que uma boca sem cara que nos informa do que passa na mente dos nossos eleitos) para depois se anunciar algo que continua a ser mau, mas até parece, aos ouvidos menos atentos ou aos cérebros mais enferrujados, e por comparação, quase bom. Ora vejamos: anunciaram há dias que, afinal, os cortes nos subsídios de Natal e Férias do ano que vem (e já está aí quase a chegar) são só para os que ganham a partir de 600€ ao mês (e agora podia dizer "devem estar ricos, os sacanas, com estes vencimentos a multiplicar por 14", olha, já disse). Respiram de alívio todos os que ganham entre 485€ e 599,99€ (muitos milhares, somos tão bem pagos) e os outros pensam, "ai, afinal não é assim tão mau" ou "ai, afinal estamos a portarmo-nos tão bem que os sacrifícios até podem ser menores" (sempre com um "ai" inicial que, de tão batido, ninguém já associa a dor). Mar-ke-ting. Outro exemplo: há tempos surgiu a notícia de que as tabelas salariais dos funcionários públicos iam ser revistas (aka, reduzidas), que logo foi desmentida. Os comentários? "Ai, afinal já não vão cortar nos salários". Não? E os subsídios de Natal e Férias? É que o salário, ao contrário do que é comum em Portugal, não é o ordenado mensal, mas o anual. E o anual inclui os subsídios. E o aumento de tudo quanto é imposto? Ninguém escapa de ser taxado na compra de produtos alimentares. Mar-ke-ting. Nunca pensei que o marketing estudado na faculdade desse para isto.

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P.S. - Mal tenho tempo para me coçar; vir aos blogues (primeiro os dos outros, depois o meu) é de fugida, quando dá. Tenho saudades desta vida.

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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Constatação antes-25/11

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Parece-me que os portugueses (especialmente as chefias ou patronato, o que vos soar menos mal) se esqueceram do que é uma greve geral e acharam que não se aplica aos privados nem aos recibos verdes. Chegam a fazer pressão e a "arranjar" transporte. Parece-me que se andam a esquecer da Constituição.
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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Ouvido no autocarro

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"Eu, quando for grande, quero ser médico, polícia, bombeiro, cristor..."

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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

(AFINAL) Há esperança para o futuro deste país

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O secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Alexandre Miguel Mestre acredita que «Se estamos no desemprego, temos de sair da zona de conforto e ir para além das nossas fronteiras». Aparentemente, vários jovens concordaram com ele no Facebook. E, mais ainda, no Inferno - olha que lógico.
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A Rita excedeu-se: eu sei que ultimamente não falta o que nos faça rir de tristeza na política deste país, mas este texto ultrapassa tudo, tudo o resto. Rita, lembras-te de me teres perguntado há uns tempos o que nos faria sair do desânimo e desesperança em relação à governação deste país? Deste tu (e as pessoas que no Facebook aparentemente estiveram na origem deste texto) a melhor (a única?) das soluções: a emigração. E não a nossa.

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