sábado, 31 de outubro de 2009

Min Pin


Nesta foto até parece engraçado mas é, definitivamente, um ratinho. Os sites da raça dizem que é "a big dog in a small package" devido à sua atitude possessiva e até agressiva. Aquilo que foi criado para ser um caça-ratazanas é agora classificado pelo American Kennel Club como toy breed e afectuosamente apelidado Min(iature) Pin(scher). Ah, e o objectivo de Herr Dobberman quando criou a raça que lhe tomou o nome era criar um Min Pin 15 vezes maior. Digam lá que não vale a pena vir até aqui para ficar a saber estas coisas tão interessantes (e úteis!).

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Ainda hoje o vi

Há um cãozinho que vejo de vez em quando a passear que é mais pequeno que as ratazanas que já vi em Lisboa. É um pinscher anão e pesa 1,5 kg. Eu gosto muito de cães, no geral, mas aquilo... não é bem um cão, pois não?

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Uns fazem corninhos,

outros gostaram muito, mas mesmo muito, d' O Código da Vinci. E têm também tempo demais em mãos. E, apesar de já terem sido Exterminadores Implacáveis, levam-se demasiado a sério. Ou, já não podendo dar uns quantos murros nos adversários, lembram-se disto:


Não havia necessidade.

* quem quiser saber mais faça o favor de ir aqui, que estou tão sem palavras que ia acabar a plagiar o jornalista do Público.

Qualquer dia passo-me e ofereço um treat (daqueles que levo para ir treinando a Luna pelo caminho) aos meninos que acham piada a ladrar e rosnar a cães pequenos como a minha farrusquinha. A minha única consolação, até agora, tem sido a impassividade com que ela aceita estes ataques histéricos. Deve pensar lá para com ela, "Coitadinho, que cão tão feínho...", e nem sequer pára de andar.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Já agora,

queria dizer que não fiquei incomodada, ou algo que se pareça, com algum comentário... Mas achei que, efectivamente, já andava a bater muito na mesma tecla e que devia esclarecer o mundo sobre Amsterdão e o aquário - não quero provocar um decréscimo das taxas de ocupação dos hotéis das terras baixas com o que escrevo por aqui! E agora podem voltar a comentar o que quiserem, dêem-me o que fazer, vá!

Impõe-se um esclarecimento

Este aquário nada mais é que uma página pessoal de idiotices e resmungo que vai contribuindo para que eu me mantenha ocupada e que algumas pessoas em Portugal saibam de mim. O que aqui escrevo é, na maioria das vezes, coisas parvas que me acontecem ou que me vêm à ideia, ou coisas que me incomodam e irritam. Tudo o resto acaba por ficar de fora, distorcendo um bocado a realidade. Parece que isso acontece especialmente em relação a Amsterdão e à Holanda... dando a ideia de que eu não gosto disto nem dos holandeses. Ora bem, a Holanda não é Portugal e Amsterdão não é Lisboa - e portanto nunca será a minha terra, nem a minha cidade, onde tenho os meus cantos, as minhas memórias, os meus amigos e a minha família. É, por enquanto, o sítio onde tenho a minha casa (sim, esta já é mais a minha casa que a que tenho ainda em Lisboa) e onde vivo com a família mais próxima (mariduncho e cadela) e é um sítio espectacular para se viver. Vivo num bom bairro, numa casa boa (então para o padrão holandês é uma casa extraordinária) tenho vizinhos simpáticos, toda a gente me trata bem, seja na rua, nas lojas ou nos locais onde procuro emprego, apesar de ser claramente uma estrangeira que, ainda por cima, não fala pêvas da língua local. Arrisco dizer que não há mais nenhuma cidade da Europa onde alguém possa viver sem falar a língua do país, usando única e exclusivamente o inglês - e aqui é possível, sem sequer originar mal-estar (os holandeses são os primeiros a perguntar porque é que alguém quer estudar a língua deles se falar bem inglês!). A qualidade de vida que tenho aqui é, de longe, superior à que tinha em Lisboa, e a qualidade de vida dos holandeses é muito superior à dos portugueses. Aqui, as pessoas passeiam nas ruas, saem das lojas com sacos, têm tempo para estar com os filhos e com a família e os amigos (eu nunca vi crianças portuguesas no dia-a-dia serem tão felizes como vejo as holandesas), viajam várias vezes ao ano para fora do país e têm dinheiro para gastar. A questão é que eu não acho que isto tenha a mais pequena graça. O que tem graça é eu sair de casa, atravessar a rua e estar à porta de uma escola e depois atravessar o canal e ter meio quarteirão de montras com meninas em roupa interior. E tem piada oferecerem-se para me pagar um charro, quando em Portugal nem sequer vender-me um alguma vez tentaram (estão a imaginar o meu ar de menina, não estão?). E quase ser atropelada por uma bicicleta também tem piada (enquanto se mantiver no quase, claro está...). E despirem-se todos em pleno Vondelpark (ficam de boxers ou de bikini) mal o sol fura as nuvens? Tem piada, ah pois tem! Muito mais do que andar a fazer a apologia da Holanda contra um Portugal que, apesar de ranhoso em tantos aspectos, é a minha terra e eu adoro. E é este o esclarecimento que queria fazer. Nunca se esqueçam que o que eu conto é só uma parte da realidade, aquela que (nos) é estranha por ser tão díspar da portuguesa e, por isso mesmo, engraçada, incomodativa ou simplesmente curiosa. Admitam, tem piada um gajo (não era um drogado ou alguém com mau aspecto, atenção!) passar de um convite para um chá para um outro tipo de ervinha...

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A vida em Amsterdão tem destas coisas #5

E se um desconhecido te convida para um chá e tu respondes que não, o que é que ele diz a seguir?

"What about a joint?"

domingo, 25 de outubro de 2009

Today is...

the never ending day.

E ainda só são seis e meia da noite.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

A vida em Amsterdão tem destas coisas #4

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A beleza desta foto é o que não se vê nela. Este pato estava orgulhosamente pousado na amurada do barco, tão perfeito que resolvi tirar uma foto. No momento em que ia pressionar o botão da máquina o idiota do bicho escorrega de traseiro para dentro do barco e depois põe-se, assim como acabou por ficar na foto, a espreitar de lá de dentro, com a cabecinha a girar para todos os lados como se ainda não tivesse percebido bem o que se tinha passado.
O porquê do título? Então, o bicho estava drogado, de certeza...

Doenças silenciosas

Tudo o que seja doença silenciosa que não tenha um nome assustador como cancro, diabetes ou colesterol elevado é como se não existisse, especialmente quando o afectado é um colega de trabalho. Um dia, entre quatro amigas, discutíamos as enxaquecas, que afectam duas de nós, e as alergias, que afectam as outras duas. Saiu-me uma frase que, creio, resume tudo. As alergias são uma coisa horrível e até incapacitante (não me venham dizer que são uns espirrinhos). Mas ao menos as alergias são visíveis. Se tens os olhos inchados e vermelhos, se espirras como uma possuída e dás cabo de três maços de lenços em meio dia é óbvio para toda a gente que estás doente. As enxaquecas, para dar o exemplo de doença silenciosa que me afecta, não têm sinais exteriores além da cara miserável que qualquer um põe nessa situação. Mas caras miseráveis é o que mais há por aí e, além de provocadas por milhentas outras razões, podem perfeitamente ser falsas. A única vez em que, numa situação de trabalho, olharam para mim e perceberam imediatamente que eu não estava nada bem (apesar de não saberem o que tinha) foi em Chelas, lugarzinho maravilhoso, numa escola óptima, perante uma turma de criancinhas do 3º ano do pior que já tive que domar. Estas pestes, difíceis de controlar, consistentemente mal-educadas e, em muitos casos, com problemas na vida mais graves do que eu e algumas pessoas que conheço juntas, olharam para mim mal tínhamos entrado na sala de aula, calaram-se como por magia e perguntaram com uma cara assustada "Teacher, o que é que tem?". Se não estivesse tão mal-disposta acho que me teriam vindo as lágrimas aos olhos. Aquelas crianças, normalmente indiferentes a tudo e todos além deles e dos seus amigos, olharam para mim e viram a minha doença estampada na minha cara. E, acreditem, a cara com que habitualmente encarava aquela turma já não era das melhores (adoptei e estendi com algumas turmas o adágio não mostres os dentes até ao Natal). Estava para morrer nesse dia, quase não conseguia raciocinar e qualquer barulho explodia na minha cabeça como uma bomba. Aquelas pestes conseguiram o milagre de me perceber doente antes de eu lhes dizer e não só. Conseguiram respeitar a minha doença, portaram-se impecavelmente, trataram-me como a um bebé e ainda se lembraram de me desejar as melhoras conforme saíam disparados da sala em direcção a casa depois de um dia de trabalho. Nunca colegas de trabalho me mostraram a mesma consideração. Como disse num comentário a um post anterior, uma amiga, que consegue sofrer mais de enxaquecas do que eu, chegou ao limite um dia quando, em pleno emprego, não aguentou as náuseas e saiu disparada para a casa de banho. Há semanas que pedia aos colegas para não fumarem no open space onde todos trabalham. Nunca foi ouvida. A doença dela não se vê, deve ser só mais uma maníaca anti-tabagista que resolveu chatear-nos. Só depois deste triste episódio se aperceberam do que ela sofria, aflita da cabeça, mal disposta, a ter de trabalhar no meio de um cheiro que dá nauseas a muita gente que não sofre de enxaquecas. Todos os médicos a quem me queixo das enxaquecas me perguntam se há hereditariedade. Que eu saiba, não, nem na família alargada. Consegui herdar uma data de coisas más de uma data de gente da família e ainda juntei uma doençazinha só minha...

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

No Palácio da Rainha




Fui visitar o Palácio da Rainha há algum tempo e estas duas pinturas chamaram-me a atenção. Estão pintadas no tecto da sala adjacente à varanda de onde se faziam os anúncios das autoridades à população e representam as notícias.

Na primeira pintura as boas notícias são representadas por uma figura com asas de anjo, uma corneta e um ramo de oliveira, símbolo sobejamente conhecido. Na segunda, temos as más notícias. Além de a figura ter um ar demoníaco, as asas que o sustentam são de morcego e, em vez de uma, tem duas cornetas - porque as más notícias chegam duas vezes mais rápido.

Experimentações é no que dá

Descobri os blogs de culinária. Alguns têm receitas completamente diferentes do que costumo cozinhar e como não tenho muito que fazer e os ingredientes são limitados, resolvi começar a experimentar. Tenho descoberto coisas bem boas, até que ontem resolvi dar uma hipótese a um creme de courgettes - sopa sem cenoura é uma coisinha muito chata, sabe sempre tudo ao mesmo, por isso há que inovar. Neste creme usavam manjericão, erva que eu nunca usei na vida nem sabia a que sabia (hum, esta frase deve ser mesmo boa para baralhar o tradutor do google). Ao cozinhar cortei um bocadinho na dose indicada, felizmente, porque tem um sabor bastante forte e também bastante cheiro.
Quando o mariduncho chega a casa começa a cheirar o ar e pergunta-me com um ar entre o receoso e o gozão: "Fizeste vagarosos para o jantar?" Efectivamente, o manjericão pode ser usado para cozinhar caracóis. A sopa não é para repetir e fiquei com desejos de vagarosos.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A vida em Amsterdão tem destas coisas #3

Os meus vizinhos estão sem água no apartamento há mais de uma semana - rebentou um cano no contador e ninguém dá conta daquilo. Mas esta semana são as férias dos miúdos na escola... Solução? A mãe foi com os dois putos para Lanzarote apanhar sol e o pai ficou em casa a tratar dos canos.

A liberdade de expressão

tem as costas largas - quando se quer dizer tudo o que apetece ou quando se quer calar os outros... Será que para a maioria das pessoas (leia-se católicos) a Bíblia é assim tão importante? É que Saramago veio dizer mal da Bíblia e levantou-se um mundo e o outro. Saramago não falou mal de Deus, sequer, apenas de um livro que, apesar de símbolo de uma religião, disso não passa. Quando se critica a burka não se está a criticar um símbolo de uma religião? A liberdade de uma pessoa termina onde começa a da outra. E a liberdade de cada um permite-lhe ignorar, discordar ou até desconhecer o que outros pensam sobre determinado assunto. Saramago emitiu uma opinião (fundamentada ou não, não interessa para o caso) os críticos podem rebater, mais uma vez se aplica a liberdade. Mas não façam disso um caso de cidadania. Ninguém é obrigado a ser católico, ou a seguir a Bíblia, para ser português. Critiquem-no, ignorem-no ou aclamem-no, mas há limites!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Há 15 anos, quando vim a Amsterdão pela primeira vez, chocaram-me os drogados e os mendigos que se espalhavam pelas ruas, escuras e sujas. O comboio que nos levaria embora saía de Centraal Station já de noite por isso tivemos um bom par de horas para deambular por aí, quando já se acomodavam para mais uma noite de frio aqueles que não podiam contar com um tecto. Se querem a verdade, o medo apertou, a estação e o centro lembravam a Meia-laranja só que de noite, sem carro e num país estranho. Hoje em dia já não há nada disso. Primeiro estranhei, depois entranhei: resolveram o problema! Lá resolver, resolveram, só que não da forma que eu pensei. A polícia "enxota" os pedintes, os drogados e quaisquer sem-abrigo para fora do centro de Amsterdão para não chocar os turistas. As estações de comboio dos arredores são, de noite, iguais à Centraal de há 15 anos atrás - só faltam os turistas. Não haverá outra forma de lidar com este problema?

OMG!

Nesta cidade vive muita gente, trabalha mais e passeia ainda mais. Só habitantes são 4457 por km2... espaço em barda, portanto. Muitos holandeses trabalham apenas 4 dias por semana e muitas, depois de terem filhos ou enquanto estes são pequenos, não trabalham de todo - mas passeiam, sempre, faça chuva ou faça sol, frio ou calor, está tudo na rua. E, claro, ainda temos os turistas. O resultado são ruas cheias de gente, os parques animados por risos e correrias dos mais pequenos e bicicletas por todo o lado. Normalmente esta animação agrada-me, gosto de deambular enquanto vou observando os outros. Acontece que esta é a semana das férias de Outono aqui da pirralhada, significando que, mais do que uma alegre e pululante cidade, ontem tínhamos uma insuportavelmente apinhada cidade, cheia de adolescentes por todo o lado - em grupinhos, em grupos, em manada, tão self-centered e indiferentes como só eles. E isto era na rua. Nem quero imaginar se tenho decidido ir às compras esta semana - não eram só as calças skinny que me iam mexer com o nervoso miudinho, não!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Na verdade,

acho que não vou mesmo perceber nada... Falta-me a crença e sobra-me o cepticismo! Mas, pelo menos, vou poder dizer que já li os dois livros mais publicados de todos os tempos: a Bíblia e o Harry Potter.
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P.S. - Não será a Bíblia, proporcionalmente, também o livro menos lido do mundo?

Qualquer dia, não há-de faltar muito,

eu leio a Bíblia. Todinha, Novo e Velho, tudo. Aí, sim, vou poder opinar à séria...

sábado, 17 de outubro de 2009

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Donos, não sei porque é que dizem que eu tenho quatro patinhas da frente...
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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Manifesto(-me) contra a Pobreza

Não será muito contributo para a luta contra a pobreza a mera publicação neste blog do manifesto que se segue. No entanto, e como é uma corrente em que pode participar quem quiser e que pretende alcançar visibilidade através da entrada no Guiness, vai, pelo menos, lembrar uns quantos de que a comida que muitas vezes fica nos nossos pratos quando acabamos de comer é mais do que outros, neste mundo ao mesmo tempo que nós mas seguramente por menos tempo, têm num dia inteiro. E lembra-me a mim também.

Manifestamos que:

1. A pobreza e a exclusão social não são uma fatalidade, mas antes o resultado de um mundo injusto e desigual e não se resolvem apenas com sobras ou gestos de generosidade esporádica. As causas da pobreza e da exclusão social só podem ser eliminadas modificando os factores económicos, sociais e culturais que geram e perpetuam as condições favoráveis a elas. A pobreza é um atentado aos Direitos Humanos, que deve ser erradicada em todos os países;

2. A campanha Pobreza Zero luta contra as causas estruturais determinantes da pobreza e da exclusão social, e desafia as instituições e os processos que perpetuam a pobreza e a desigualdade no mundo. Trabalhamos pela defesa dos direitos humanos, pela equidade de género e pela justiça social;

3. O mundo em que vivemos é um mundo de abundância e nunca como hoje foi tão possível erradicar a pobreza – nunca houve tantos recursos financeiros e tecnológicos disponíveis que permitam erradicar para sempre a pobreza extrema do nosso planeta. Deve também reconhecer-se que a pobreza em Portugal, tal como a nível mundial, não é devida à falta de recursos. O problema reside no facto de a pobreza continuar a ser vista como uma questão periférica, pretensamente resolúvel por políticas e medidas periféricas e residuais;

4. Na nossa acção queremos pressionar os governos para que erradiquem a pobreza, diminuam drasticamente as desigualdades e alcancem os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.

Pedimos:

* Prestação pública de contas, governação justa e o respeito pelos direitos humanos;

* Justiça no comércio global;

* Aumento substancial na quantidade e na qualidade de ajuda (0,7% do RNB até 2015) e no financiamento para o desenvolvimento;

* O cancelamento de dívidas dos países mais pobres e de rendimento médio;

* A tomada de medidas politicas que visem a mitigação das alterações climáticas, de forma a que os países poluidores paguem os danos causados no meio ambiente;

* O apoio internacional à concretização de medidas de adaptação às alterações climáticas, nos países e comunidades mais vulneráveis, com recursos adicionais aos da ajuda pública ao desenvolvimento;

* O fim dos bloqueios culturais e comportamentais que a pobreza persistente gera nos pobres, comprometendo a sua capacidade de vencer a situação e de utilizar os meios postos ao seu dispor;

* Integrar, nas diferentes políticas públicas, objectivos, estratégias e instrumentos que visem a remoção das causas estruturais da pobreza e da exclusão;

* Promover a mudança de mentalidade dos não-pobres, superando preconceitos acerca da pobreza e suas causas e estimulando comportamentos mais solidários;

* Que a equidade de género seja reconhecida como elemento central na erradicação da pobreza.
Por isso agimos, mobilizando a sociedade civil, para que, unida nesta luta, pressione o governo português e as instituições poderosas para que:

» Incluam nas suas agendas o objectivo da erradicação da pobreza no mais curto período de tempo;

» Adoptem níveis salariais, pensões e prestações sociais mínimas que não fiquem aquém do limiar da pobreza e aumentem a eficácia e eficiência das transferências sociais e demais políticas sociais;

» Reduzam drasticamente as emissões de gases de efeito de estufa e proporcionem recursos adicionais (para além dos 0,7% do RNB) para o apoio a países em desenvolvimento;

» Acabem com os conflitos armados, ocupações, guerras e as violações sistemáticas dos direitos humanos que as acompanham, e trabalhem com vista à desmilitarização de modo a assegurar a paz e a segurança humana;

» Todos os governos prestem contas aos seus povos e tenham transparência no uso dos recursos públicos, desenvolvam estratégias anti-corrupção pró-activas e consistentes com as convenções internacionais;

» Protejam jurídica, física, social e economicamente os direitos das crianças, incluindo as crianças afectadas por conflitos e/ou catástrofes e carentes de acesso a serviços públicos de qualidade;

» Garantam o direito à informação e à liberdade de expressão, incluindo a liberdade de imprensa e de livre associação;

» Assegurem a participação da sociedade civil nos processos de orçamentação;

» Assegurem serviços públicos universais e de qualidade para todos (saúde, educação – incluindo a alfabetização de adultos – água e outros);

» Promovam regras de comércio internacional e políticas nacionais de comércio que assegurem modos de vida sustentáveis, os direitos das mulheres, crianças e povos indígenas, conduzindo à erradicação da pobreza;

» Garantam um aumento substancial na qualidade e na quantidade de recursos necessários para a erradicação da pobreza, a promoção da justiça social, a realização dos ODM, a equidade de género e a garantia dos direitos das crianças e dos jovens;

» Revertam a fuga de capitais dos países pobres para os países ricos, identifiquem e repatriem os activos roubados, por meio de acções contra paraísos fiscais, instituições financeiras, multinacionais e outros actores que facilitem esse processo.

Pretendemos mobilizar o máximo de pessoas possível, de modo a mostrar o poder da sociedade civil unida na luta por uma causa global e solidária. É preciso pôr um fim à pobreza. Juntos somos capazes de acabar com a pobreza!

Junta-te a nós!

A música associada a esta iniciativa, do Bob Marley, está no seguinte link: http://www.youtube.com/watch?v=6aRuqozNMmQ

Quem quiser juntar-se à corrente é favor enviar um e-mail a pedir este texto e o link para esta música à Ka através do blogdaka@gmail.com. Temos hoje, amanhã e depois para nos lembrarmos que a pobreza existe, mesmo quando andamos perdidos neste mundo de gente sem esse tipo de dificuldades que é a blogosfera.

Conclusões importantes

após uma tarde nas compras:
  1. ODEIO calças skinny - pareço um chouriço com pézinhos de cinderella;
  2. finalmente, os casacos cresceram no comprimento! Estava farta que os casacos de mulher tivessem altura para caber à minha prima de 9 anos;
  3. um casaco ou uns sapatos na Zara em Portugal são €15, €20 mais baratos q na Zara na Holanda - é por isto que os salários aí são tão mais baixos?!?

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Cá em casa estamos em guerra

Eu e o mariduncho andamos desavindos. Cada um julga que tem mais razão que o outro e vai de puxar a brasa à sua sardinha a cada oportunidade que se lhe apresente. E, acreditem ou não, as hostilidades têm lugar logo de manhãzinha, acabados de sair da cama. Ainda por cima a causa do desaguisado é tão estrutural à nossa pessoa, ao nosso corpo que, temo, não haja solução para nós, a curto prazo. A longo prazo, claro - duas banheiras e/ou chuveiros!
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O mariduncho, que faz algo pela vida, levanta-se cedo e toma banho, girando a torneira para os 40ºC (cá as torneiras são esquisitinhas, em vez do velho quente e frio temos uma torneira que controla o fluxo da água e outra que estipula a temperatura, tudo muito científico, tem os graus escritos e tudo) para aquecer. Depois de ele sair levanto-me eu e dirijo-me para o chuveiro. Estou bem acordada (a minha dificuldade é dormir e não acordar) mas, como podem compreender, ainda não pensei na vida, faço tudo automaticamente. Ligo a água, escovo o cabelo e ponho-me debaixo do chuveiro. E saio, acto contínuo, molhando o chão da casa-de-banho. Mas quem é que consegue tomar banho com a água a 40ºC?!? Eu quero lavar-me, não cozer em lume brando... Depois de recomposta do choque inicial desço a temperatura para uns agradáveis 35ºC. Tomo banho. E, quando me viro para a torneira que desliga a água, olho de soslaio para os 35ºC que assinala a outra torneira, sorrio maleficamente e deixo-a estar. Se hoje me escaldou, amanhã congelo-o a ele! Estamos em guerra matinal, ah pois estamos.

Caneco, já me tinha esquecido

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do frio que pode fazer nesta terra mesmo em Outubro! 4ºC! Às 9 da manhã de um dia de sol... Em cima da bicicleta e apesar dos óculos de sol, corriam-me lágrimas pela cara provocadas pelo vento frio. Terrinha boa para ursos polares e pinguins... Eu cá sou peixinho de água quente! Por falar nisso, tenho mas é de começar a pensar numas férias tropicalientes. Essa é que é essa!
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terça-feira, 13 de outubro de 2009

Where's Wally? (versão Golden)

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Querem descobrir este peixe no meio da restante fauna que pulula por Amesterdão? Pois procurem pela idiota que saca dos óculos escuros ao primeiro raio do astro-rei que se escape por entre as nuvens - that's me! Se o sol de Portugal me mata pela intensidade, este, fraquinho que só ele, como anda sempre rasteirinho (a esta hora já se esconde atrás de prédios de 3 andares), quando brilha acerta logo à altura dos olhos e só não cega porque, coitado, não tem genica para tanto. Resumindo: noves fora alguns turistas que não sabem ao que vêm quando marcam férias para esta terra e andam de óculos de sol no primeiro dia porque voltar ao hotel é perder tempo, só eu e mais alguns hiper-sensíveis à luz solar usam semelhante acessório nesta altura do ano. Quando disse a uma holandesa que tenho, devidamente guardados desde a expatriação, 5 pares de óculos de sol ela olhou para mim como se tivesse acabado de aterrar de Marte (ou, quem sabe, de um outro planeta mais próximo do sol...).
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A propósito do post anterior... tirada daqui.
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segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Às vezes,

gostava tanto que o mundo se dividisse em preto e branco, bom e mau, amargo e doce, claro e escuro, sol ou chuva...
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Mas depois perdíamos o cinzento, que até é a cor que uso para substituir o preto que odeio, não existiam pessoas (que ninguém é bom nem mau), não faço ideia como é que comíamos sem o salgado, não existiriam jantares à meia-luz nem neve... branca, gelada, perfeita, única. Era um mundo simples mas, oh, tão chato!

sábado, 10 de outubro de 2009

O sol de Amsterdão


sexta-feira, 9 de outubro de 2009

2 anos de garantia - take 2

Se fizermos as contas, e dado que só aspirou três vezes antes de lhe dar a tremadinha final, cada aspiradela do meu segundo electrodoméstico sugador portátil custou mais de 11€!!! Isto sem contar com deslocações para a troca e regresso ao país das socas...
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Chiça, anda a sair caro andar de rabo para o ar a apanhar migalhas!

2 anos de garantia

Objecto nenhum que eu tenha possuído ao longo de três décadas (e do que posso lembrar-me) avariou de vez dentro da garantia. Foi preciso trazer para o outro lado da Europa o @*#!§ do aspirador portátil, para nem 1 ano aguentar. Agora as dúvidas existenciais: levo-o de volta para Portugal para o ir trocar?; será que o trocam?; e, se levo, onde está o *@!# do recibo, cá ou lá?
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Acima podem ler as minhas dúvidas existenciais, inéditas aqui no aquário, por alturas de Março deste ano. Entretanto, achei o recibo e acabei por levar o aspirador que, portátil ou não, pesa bastante, trocaram-no (ao menos isso!) e trouxe um novinho em folha. Que não durou um mês. Ou, melhor, funcionou perfeitamente em Portugal e cá, uma semana depois de termos chegado, caput. Volto a levá-lo? E se o trocarem de novo, quanto irá durar o próximo? Uma hora? Um dia? Entretanto, acarta, que as malas já costumam ir vazias e levezinhas! Eu sei, não é uma tragédia mundial. Mas irrita, caramba!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Hotel Ruanda

Ontem revi o Hotel Ruanda. Há meses, desde que trouxe o DVD de Portugal, que me falta a coragem para o pôr no aparelho e carregar no play. Creio que a crueldade que grassa no mundo é sempre pior na realidade do que conseguem reproduzir na ficção, mesmo que a história relatada seja baseada em factos reais. O engenho do homem para o mal sempre foi grande. E enorme é também o seu talento para a indiferença, mais que não seja como mecanismo de protecção - como tão bem é aqui retratado. Ontem, e apesar de pressentir a enxaqueca que se instalaria a seguir, revi o Hotel Ruanda. Poderoso, esmagador, não acredito que alguém veja este filme e lhe seja indiferente. Penso que duas das falas deste filme fazem uma síntese aproximada, cruel de tão condensada.
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Nick Nolte, enquanto comandante das forças das NU: "We're here as peace keepers, not as peace makers".
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E, principalmente, a de Joaquín Phoenix, enquanto repórter de guerra, na altura em que todos os estrangeiros são evacuados, deixando para trás,e para uma morte quase certa, os ruandeses tutsis refugiados no Hotel. Conforme sai do Hotel, em direcção ao autocarro que o vai levar, um dos empregados ruandeses vem a correr cobri-lo com um chapéu-de-chuva que o proteja da chuvada torrencial que cai naquele momento, como era próprio de um Hotel da categoria do Mille Colines, e ele diz: "Please don't do that. Jesus Christ, I'm so ashamed!" A expressão, a postura, o contraste com a maneira de estar do colega que caminha ao seu lado... Poderoso.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Não sei se tenho mais receio dos terroristas ou dos outros

Não muito longe de onde vivo é a embaixada norte-americana em Amsterdão. Que é um sítio que passaria completamente despercebido não fosse o facto de ter dois gradeamentos, em vez de um, de uns três metros de altura e, a separá-la da estrada, ainda uma fileira de vasos de betão armado, cada um com um metro de altura, em forma de paralelipípedo... Enfim. Pois que a zona petonal, onde às vezes passo com a Luna, encontra-se entre os vasos-protecção-contra-investidas-de-camiões-TIR e o gradeamento exterior, é um bocado claustrofóbica, especialmente se andarmos a meros 30 cm do chão. A única escapatória é através dos espaços do gradeamento - via que a Luna várias vezes quer tomar.
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Há uns dias sonhei que ela se tinha enfiado mesmo pelo gradeamento e que, antes de a conseguir puxar cá para fora, aparecia um guarda da embaixada que a agarrava. E foi este o começo de um dos mais estranhos sonho-diálogo que já tive o desprazer de imaginar subconscientemente. Eu, pedia desculpa ao guarda, que me tinha distraído, se por favor me devolve a cadela, coitadinha, está aterrorizada, não está comigo assim há muito tempo, foi abandonada e mal tratada, ainda tem muito medo de pessoas, especialmente homens, e não gosta que a peguem ao colo... Ele, que não, não a podia devolver, tinham que a levar para a máquina de raios-x porque podia ser um cão-bomba (sim, leram bem, estou completamente choné) e que depois, mesmo se ela não "estivesse armada", não sabia bem quais eram os protocolos para ma devolverem, afinal agora estava em solo norte-americano (!), tinha de ter um documento que provasse que eu era a dona, nem se a podiam devolver no próprio dia, talvez só depois...
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Eu sei, eu sei... internem-me. Pelo sim, pelo não, quando estou por aqueles lados dou a volta pelo outro lado do quarteirão.
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terça-feira, 6 de outubro de 2009

Boas notícias

É para isto que a vida serve - ouvir boas notícias. Podem ser boas notícias pequeninas, bem petites, como ganhar €2 no euromilhões, ou grandes, daquelas imensas, gigantescas até, como quando alguém que nos importa vai ter um filho. Desde que sejam boas. E até podem ser surpresas, ou "apenas" boas confirmações de algo que já sabemos que vai acontecer. Mais cedo ou mais tarde. Nestes casos, é a surpresa do momento. É nessa altura que vem ao de cima o que de melhor temos em nós, em que ficamos contentes pelos outros, pela felicidade deles, pela sorte deles, pela concretização dos seus desejos ou ambições. E sentimos uma pressão no peito, como se realmente o coração inchasse de felicidade e o sentíssemos a bater num espaço que, por algum tempo, é pequeno demais para ele. Quando ouvimos boas notícias distanciamo-nos do dia-a-dia geralmente egoísta em que vivemos, onde apenas nos comove e nos interessa o que se passa à nossa volta, num raio de pouquíssimos centímetros. As boas notícias fazem de nós pessoas melhores. Não há por aí boas notícias para me dar?

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

IgNobel

A revista Annals of Improbable Research atribui há quase 20 anos os prémios IgNobel, que pretendem galardoar estudos que "primeiro fazem rir e depois fazem pensar" - se e quando consegirmos parar de rir. A entrega foi há alguns dias, na Universidade de Harvard e a notícia, inteirinha, vinha aqui. Divirtam-se ou, pelo menos, pasmem.
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IgNobel da Paz - Stephan Bolliger, por ter estudado se causa mais danos bater na cabeça de alguém com uma garrafa de cerveja cheia ou... vazia! (Desconfio que o senhor seja inglês... ou será alemão?!?)
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IgNobel da Literatura - à Polícia Irlandesa, pelas mais de 50 multas passadas ao condutor polaco Prazo Jazdy - sendo que, em polaco, prazo jazdy significa carta de condução, algo que aparece escrito por cima do nome em todas as cartas de condução daquele país. (Ainda bem que já ratificaram o Tratado de Lisboa, sem a Europa não sei como é que si iam safar...)
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IgNobel da Química - Javier Morales, que assegura conseguir produzir diamantes apartir de tequilla. (Hum... não sei bem o que dizer disto.)
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IgNobel da Medicina - Donald Unger, que há 60 anos estala apenas os dedos da mão esquerda para ver se tal é causa de artrite. (Espero, a bem da sanidade do senhor, que já tenha pelo menos ligeiros sintomas de artrite, e que seja só na mão esquerda!)
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IgNobel da Economia - atribuído, ex-aequo, aos directores de quatro bancos islandeses por demonstrarem que não só é possível transformar pequenos bancos em grandes bancos como o contrário. (Se os senhores da Annals soubessem que Portugal não é uma província espanhola, atribuiam este prémio era aos gestores das empresas públicas e semi-públicas portuguesas!)
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IgNobel da Física - a investigadores norte-americanos, por determinarem analiticamente o porquê de as grávidas não tombarem com o peso da barriga. (Admito, esta questão já me atormentou.)
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IgNobel da Saúde Pública - Elena Bodnar, que inventou soutiens que se transformam, em caso de emergência, em máscaras anti-gás. (Nada como juntar à versatilidade das mulheres a versatilidade de um dos seus mais apreciados artefactos.)
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IgNobel da Biologia - conseguido por uma equipa de cientistas japoneses que demonstrou que as bactérias presentes nas fezes dos pandas são capazes de degradar 90% do lixo orgânico da cozinha. (Agora é só decidir em que lixeiras pôr os 100 ou 200 pandas que ainda existem neste mundo!)
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IgNobel da Matemática - para Gideon Gono, governador do banco do Zimbabué, que mandou emitir notas entre 0,01 e 100 mil milhões de dólares. (Isto quando nós até costumamos andar com um porta-moedas bem levezinho, só com uns quantos exemplares de moedas de 1, 2, 5, 10, 20 e 50 cêntimos, além das de 1 e 2 euros... vendo bem, nem acho um feito assim tão extraordinário da parte deste senhor.)
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IgNobel da Medicina Veterinária - Catherine Douglas, pelo estudo que concluiu que as vacas que têm nome dão mais leite. (Senhores da Mimosa, olhos abertos! Já não podem chamar Mimosa a todas... Talvez ajude se for Mimosa I, Mimosa II, etc., etc..)
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Só para saberem

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Último feriado aqui na Holanda: 1 de Junho
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Próximo feriado: 25 de Dezembro
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domingo, 4 de outubro de 2009

Não tenho palavras que me permitam explicar a raiva, dor e impotência que sinto quando vejo animais abandonados, maltratados e deixados ao Deus dará. O pouco caso que muita gente faz dos seus próprios animais domésticos choca-me. Tratam-nos como objectos, que se adquirem porque são bonitos e até compõem o quadro, dão-lhes toda a atenção enquanto são novidade mas depressa perdem o interesse e passam a ser mais uma bugiganga que por ali anda e que, bem vistas as coisas, até pode ser dispensada. A presença destes animais dispensados, ou das suas incontáveis proles, pelas ruas é tão comum que a maioria das pessoas já lhe é indiferente. Os animais não são pessoas, dizem. E, na verdade, quantas vezes nem pelas pessoas temos respeito, quanto mais pelos animais! Deixo-vos um pequeno excerto de um apelo divulgado pelo SOS Animais que li há pouco sobre um animal abandonado que tem vivido num parque: "'Fazem-lhe a vida negra', (é o) termo utilizado por quem assiste diariamente às crueldades a que (este cão) é submetido (por crianças que brincam no parque) e nada faz, alegando 'coisas de crianças'... 'Perseguem-no com as bicicletas, dão-lhe pontapés, enxotam-no para a estrada propositadamente quando os carros passam para ser atropelado.' (...) As crianças riem e os adultos ignoram...". Crueldade, ignorância, falta de valores, de acompanhamento, desrespeito pela vida e desresponsabilização dos adultos pela educação das crianças pertencentes à sua sociedade em meia dúzia de linhas.
Iniciei-me no mundo dos blogs dedicados aos animais com a busca de um cão para adopção que acabou na escolha da Luna. São dezenas. Os blogs. Porque os animais, parece-me, devem ser milhares. Blogs cheios de exemplos de que o adjectivo "humano" é completamente desadequado para caracterizar uma atitude bondosa, pois isso nós, humanos, pouco somos. Com gloriosas excepções. Há pessoas que se dedicam, de corpo e alma, a fazer com que os animais não sofram mais do que o necessário. Essas pessoas constroem blogs cujo único objectivo é divulgar animais que estão na rua, em associações ou em canis na esperança que alguém os adopte. Blogs onde divulgam para venda trabalhos que realizam, às suas custas, nos seus tempos livres, para conseguirem o dinheiro necessário para tratar e alimentar animais que não são delas. Há pessoas que, sem sequer pertencerem a nenhuma associação, alimentam animais do seu próprio bolso e, quando é possível, acolhem em suas casas os que outros abandonaram, tratam-nos, esterilizam-nos e dão-nos para adopção. Sem nada pedirem em troca além da devoção do adoptante a esse animal. Foi uma pessoa assim que tirou a minha Luna da rua, esquelética e gravidíssima. Do seu bolso pagou o aborto dos cãezinhos, a esterilização da Luna e a sua desparasitação. Lentamente, começou a apagar a má memória do bicho Homem que ela tinha. Acarinhou-a e alimentou-a até eu a ir buscar. Como agradecimento, apenas aceitou ração para continuar a alimentar outros cães de rua.
Aqui fica a minha homenagem, singela mas sentida, e um muito obrigada que peca por tardio. À laia de justificação tenho a dizer que, até hoje, não tinha conseguido terminar este texto antes de ter de ir para o quarto chorar a minha frustração por não ter coragem para fazer mais.

sábado, 3 de outubro de 2009

Começo oficial do Outono

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O aquecimento central ligou-se automaticamente esta tarde.
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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

A melhor invenção do século passado

As lentes de contacto! Deve estar quase a fazer 13 anos que comprei a minha primeira lente - sim, os meus olhos são esquisitinhos, quando um já via mal o suficiente para precisar de correcção, o outro ainda via quase a 100%. Uso lentes semi-rígidas, que quase ninguém aguenta, sem qualquer esforço. Já as usei mais de 24h seguidas e já adormeci com elas sem consequências. Tenho sorte, porque odeio usar óculos - fico mal com eles que só eu e odeio a sensação de só ver bem um pequeno rectângulo à frente - assim que cometo o pecado de mover os olhos em vez da cabeça tudo o que distingo é uma amálgama de tons. Porquê esta conversa? Porque pela primeira vez em todos estes anos esqueci-me de colocar as lentes antes de sair de casa. E até a senhora da caixa do supermercado reparou.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009


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País novo, casa nova, vida nova - foi há um ano que fiquei fora d'água.
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