segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Sinto-me um nadinha estranha

Quando dou por mim a pensar coisas como esta:
Ok, o consultório do dentista é na não-sei-quantas-straat... É perto, dá para ir a pé e chego lá num instante. Mas, se for de bicicleta ainda chego mais rápido!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Ó tempo, volta p'ra trás

Não cabe na minha cabeça que alguém diga, nos dias de hoje, "Ai, a minha filha / irmã / prima é tão boa mãe que engoma a roupa toda da casa, até os pijamas e as boxers do filho!", com um sorriso rasgado no rosto. A capacidade mártir de lidar com o ferro de engomar não faz de ninguém boa mãe.
P.S. - Estas diarreias verbais ainda me irritam mais quando olho para o monte de roupa que está pendurada na corda. E que me vai custar a dobrar, que engomar só certas (e poucas) coisas...

Curiosidade mórbida

Admito ter alguma curiosidade mórbida em relação a histórias e pessoas como Jaycee Lee Dugard, a rapariga norte-america raptada há 18 anos (tinha na altura 11) por um "registered sex offender" que a manteve presa e de quem teve duas crianças, hoje com 11 e 15 anos. Quero dizer, se se confirmar que a mulher que agora apareceu é mesmo Jaycee. Como será a mente e a personalidade de alguém que passou quase metade da sua vida em cativeiro? Terá desenvolvido o conhecido síndroma de Estocolmo e compreenderá e aceitará, pelo menos até agora, as acções do seu raptor? O que sentirá em relação aos filhos que teve com este homem? Filhos que nasceram quando Jaycee tinha 14 e 18 anos... E essas crianças / adolescentes? Será que nunca tiveram liberdade? Nunca terão interagido com outras crianças ou adultos? Será possível, algum dia, estas três pessoas terem e serem pessoas normais, com vidas normais? O que será de Elisabeth Fritzl, e dos seus filhos, no assombroso caso do Monstro da Áustria?

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

A Dieta do Chocolate IV

Ok, afinal o mal não era do chocolate... O mal sou eu mesma! Obrigada, Dr. Vaillant, por finalmente ter descoberto qual o motivo por detrás do meu excesso de peso. Com tudo, nesta vida, é preciso ter sorte, e os médicos não são excepção. Há séculos que o meu problema se mantinha - engordar sem saber porquê - mas a causa era tão (ou mais!) desconhecida que o verdadeiro motivo da extinção dos dinossáurios. Uma pessoa chega a duvidar da sua sanidade - será que eu como mesmo pouco, e com qualidade, ou as minhas refeições são autênticos banquetes romanos e eu é que não vejo?!?

Fiz um (execrável) exame em que, depois de sugarem mililitros preciosos do meu sangue, tive de beber um copo de glucose (chamem-lhe o que quiserem, aquilo parecia açúcar em pó!) ligeiramente diluído em água, em jejum, esperar duas horas (quase sem beber água e sem me mexer), totalmente enjoada - e ainda me tiraram mais sangue a seguir! Bem, sofri, mas resultou. O meu corpo não processa o açúcar. Posso vir a (que é como quem diz, se não me cuidar vou mesmo) ser diabética. À partida, medicamentada, vou emagrecer. Grande coisa, agora que tenho o espectro da diabetes a pairar sobre a cabeça.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Parties - Dutch style

Fui convidada para uma festa de aniversário / celebração de um nascimento dos filhos de um colega do mariduncho no próximo Domingo. Foram convidadas cerca de 100 pessoas (eles estão a torcer por que não apareça toda a gente) e está tudo planeado para a party ser no quintal (estão, portanto, também a torcer por que não chova). O convite, enviado por e-mail (ai tão modernaços que nós somos) informa-nos que a festa começa às 12h... e termina às 16h! Obrigada, holandeses, por me livrarem de um problema - o eterno dilema: quando é que devemos abandonar uma festa? Demasiado cedo, parece que não gostámos... Demasiado tarde, somos os chatos que nunca mais despegam! Desta vez, aparentemente, quando chegarem as 16h, o aniversariante, o recém-nascido e os respectivos pais pegarão em vassouras e correrão com a centena de convidados que aparecerem. Gostei.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Perde a sociedade

As cunhas são sempre algo vergonhoso. Não vale a pena dizer-se que no nosso país elas são vistas e apregoadas como uma conquista porque, na verdade, e para aqueles que realmente percebem, as cunhas são um vício da sociedade. E eu, que experimentei uma cunha, percebi porque são um vício tão perigoso.

Não usei uma cunha para conseguir um emprego nem para colocar-me à frente de outrém. Necessitei de uma cunha porque o serviço com que contava (e que constava no site oficial da empresa) tinha, afinal, outros moldes, nos quais eu já não cabia. E eu tinha de caber. Mexi-me e através de amigos de amigos consegui a ajuda de alguém que trabalhava na empresa. Ao início, nada era garantido, iam apenas ver se o que eu queria (e que, segundo o site da empresa podia fazer) era exequível. Era, com a ajuda de uma ou outra pessoa ao serviço para fechar os olhos a um pormenor. Não prejudiquei ninguém com a minha cunha - no sentido em que não deixei ninguém pendurado porque me colocaram à frente. Nem sequer prejudiquei a empresa, pois paguei o que era devido. Só fecharam os olhos a um pequeno pormenor. E assim consegui fazer o que, julgava eu, conseguiria fazer dentro da total legalidade - pois isso me garantia o site e o telefonema para a empresa em questão uns dias antes.

Agora, impõe-se fazer queixa. Um site oficial de uma empresa não pode ter informação errada! E não pode ser um atendimento de call center a dizer que o site está errado - até porque, alguns dias antes, tinha dito que estava certo! Podiam ter-me prejudicado desta vez (só não o fizeram graças à dita cunha) mas vão prejudicar-me outras vezes, porque não vou estar permanentemente a importunar a pessoa que me ajudou com este pormenor... Uma queixa para a DECO impõe-se pois eu planeei certas coisas de acordo com o que estava escrito num site oficial que, dizem agora, não tem informação correcta. E é aqui que a cunha estraga tudo. E é por isto que é tão perigosa.

Eu tenho a certeza que tenho razão. Um site oficial não pode estar "errado". As empresas são obrigadas a reger-se pelo que dizem nos seus sites oficiais - pelo menos até os emendarem. Mas como é que eu agora posso ir apresentar uma queixa? Eu consegui o que queria... E, se é ilegal, tive de ter alguma ajuda. De quem? Nem sequer deve ser difícil descobrir, tudo hoje em dia fica registado, não é difícil descobrir-me a mim, nem as pessoas que trabalhavam nessa altura, nem a pessoa que falou com elas para me ajudarem... Ou seja, se eu agora apresentar queixa estou a prejudicar quem me ajudou!
É este o vício. Porque usei a cunha, agora não posso fazer valer os meus direitos à vontade, sem prejudicar ninguém. Agora a empresa em causa pode continuar a fazer a outros o que me fez a mim - diz uma coisa no site e outra através do call center - e outros serão prejudicados. Outros que, quem sabe, não têm amigos de amigos que abranjam esta companhia. Alguns funcionários sabem o que está mal, mas quem de direito não. E a empresa vai continuar, sem nenhum tipo de condenação ou prejuízo, a fazer o que quiser. Quem perde? Perdemos todos. Incluíndo eu.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Blógui Fréscurah



Cá está ele, com atraso... lá me estreei na recepção de selinhos! Dado que nos últimos tempos já três pessoas disseram que o meu cantinho é fresquinho e, afinal de contas, não se espera outra coisa de um aquário, não havia selo mais apropriado! Agora vem a parte complicada - passar a bola (ou a lima, neste caso).
A Sra. D. Antígona, daqui, foi quem o ofereceu mas nem por isso está fora da lista daqueles a quem eu passaria este selo. E esses blogs constam da lista aqui à direita. E não pensem que eu não quis ferir susceptibilidades, ou algo do género, ao escolher apenas os 7 ou 8 das "regras". Não, o que me faltou foi mesmo paciência para decidir entre todos os que eu adoro. É que eu adoro ler estes bloguesitos aqui do lado... Porquê? Porque são engraçados (os que fazem chorar não me agradam), porque escrevem bem (e como o bom português me lava a vista...), porque são de amigos, ou porque não os conheço de lado nenhum, porque são famosos, ou porque não o são, porque são criativos (os chatos eu não aturo), porque são complicados como a vida ou simples como os sonhos, porque são pessoais ou porque são distantes, porque contam estórias ou contam já uma história, porque não interessam a ninguém - a não ser a mim ou, simplesmente, porque sim.

domingo, 23 de agosto de 2009

A prova

Eu sabia que tinham exterminado todos os patos de Portugal! Disse isso há algum tempo, mas agora a minha Luna provou-o para lá de qualquer dúvida! Ao passear pelo Vondelpark e pelas ruas com canais avistou (e ouviu) a enorme quantidade de patos que está neste momento de férias neste país. Passou-se! Hoje estava a ver que se mandava à água para ir confraternizar (ok, pronto, provavelmente ia fazer mais do que isso...) com uns patos com quem se cruzou!
Se se perguntam porque é que isto prova que dizimaram os patos em Portugal, é simples. Ora um cão que andou na rua sabe-se lá quanto tempo, completamente dona do seu nariz, não teve contacto suficiente com patos para saber que se tentar "confraternizar" com eles leva umas bicadas das boas?!? Ou que eles nadam (bem) e até voam - duas coisas pouco exequíveis para as curtas patinhas e cú pesadinho da minha Luna! Pois não sabe... porque já não há patos em Portugal!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Falta de tempo

1 mês em Portugal não foi suficiente... Ele precisava de mais! Eu até o compreendo, 4 semaninhas, mesmo bem contadas como estas foram, não chegam quando o programa mete Portugal! Se calhar, estivéssemos lá 5, 6 ou até 7 semanas e seria o mesmo... sempre pouco tempo! Com tanto amigo, família, praia, café, restaurante, etc. etc., para visitar, o tempo nunca chega. Ainda por cima, tempo bom - solzinho, calor! Agora nos Países Baixos há tempo para tudo... Nem há uma semaninha chegámos e já arranjou tempo para cair... Raio do pivot!*
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* nem quero pensar quanto custa um dentista por aqui!!

Parabéns, Sr. R.!

Há sempre motivo para se ter esperança, mesmo nos casos mais desesperados. O avô de uma amiga, já na respeitável oitava década de vida, sai hoje do hospital, depois de lá ter estado mais de 10 meses internado com queimaduras gravíssimas em ambas as pernas - e sai a andar, apesar de alguns condicionantes. Ao início, as esperanças eram poucas - ninguém se atrevia a falar nisso - podia até perder as pernas. O senhor, que é um Senhor para além de qualquer dúvida, nunca desistiu. À boa saúde de que gozava juntou boa disposição (a possível) e uma inesgotável força de vontade para fazer tudo o que os médicos pediam dele. Lutou, lutou, lutou. E ganhou. Parabéns, Sr. R., queridas S. e G.! Não digo mais do que Parabéns porque não há, realmente, mais palavras.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Ainda nos porcos

Experiência muito interessante (e divertida) é fazer "óinc-óinc" cada vez que nós próprios ou alguém nas redondezas espirra ou tosse. Especialmente para um casal que, em férias, não tinha mesmo nada para fazer. Houve reacções para todos os gostos, desde o sorriso discreto à gargalhada histérica, passando ainda por umas quantas carrancas de quem, claramente, ficou a pensar mal de nós (uma coisa tão séria e estes dois marmanjões com ar de quem já tem idade para ter juízo, a fazer estas figuras! O mundo está perdido...). Esperimentai, é diversão garantida - pelo menos para quem grunhe!

Parece-me...

... que a gripe suína (esqueçam lá a designação "A", que "dos porcos" é bem mais engraçada) grassa muito mais rapidamente pelos meios de comunicação social do que pela população em geral...

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Petição

Queria divulgar aqui uma petição que está online para assinatura e posterior entrega na Assembleia da República. Esta petição pede que os partidos políticos e os governos apoiem a esterilização de cães e gatos errantes e de munícipes necessitados de norte a sul do país. O objectivo é, obviamente, tentar diminuir o número de animais existentes, dado que os números do abandono não páram de aumentar.
Bem sei que dificilmente será a classe política desse país a resolver o problema, mas penso que não custa assinar e mostrar que há quem se importe. Se puderem e quiserem, vão a www.peticao.com.pt/esterilizacao-caes-gatos, assinem e divilguem.
Para que não haja tantas Lunas, Leilas e tantos outros por aí.

Sem título (nem comentários)

Até se arrepiam os pelinhos que eu diligentemente arranco com a máquina depilatória quando ouço uma das (muitas) variantes de: "Então, se não atirarmos um papelinho para o chão de vez em quando os varredores iam todos para o desemprego...". E, claro, não há estadia em Portugal em que os meus ouvidos não sejam brindados com esta pérola - até na praia, onde, que eu saiba, os almeidas não trabalham!
Gostava que o povo português (e falo no geral porque, apesar de saber que nem todos são assim, parece ser um problema bastante generalizado) se dedicasse com tanto afinco a salvar outras profissões. Por exemplo, que tal dar umas boas biqueiradas nos muitos paralelipípedos salientes da nossa calçada como desculpa para dar de comer ao sapateiro da esquina? E se fizéssemos greve às bombas de gasolina self-service, dado que cobram o mesmo que as que empregam gasolineiro e no final quem tem o trabalho somos nós? Talvez devêssemos (creio que esta ideia, bem divulgada, tinha futuro) deixar de pagar impostos, para terem de formar e empregar mais inspectores das finanças! E, sejamos honestos, o que é que custa partir uma perna por ano se isso mantiver mais uns quantos ortopedistas ao serviço? Para não falar dos pobres dentistas... quem não gostaria de comer mais umas chiclettes, gomas ou chupa-chups, se isso servir para que mais umas cáries mantenham vivos uns quantos dentistas?!?
Agora que dediquei mais alguns momentos a pensar nesta questão, tenho de admitir que, no fundo, os salvadores dos almeidas que comecei por citar até têm alguma razão. Para sermos um povo melhor, deveríamos colocar todas estas (e ainda outras que de momento não me ocorrem) ideias em prática, por muito que nos custassem. Afinal, todos temos de trabalhar por um Portugal melhor, com mais oportunidades e emprego.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

sovitaraperP*

A roupa está suja, amarrotada e só não foi enfiada às três pancadas na mala porque desarrumada não cabia. As sabrinas voltaram, as sandálias descansam em Portugal depois de uso intensivo e um até para o ano sussurrado (se soubessem que falo com sapatos as pessoas achavam que estou louca, por isso há que ser discreta). O bilhete, amarrotado, os documentos, espalhados pela mala. O sorriso costuma voltar 5 a 7 dias depois de mim quando venho de Portugal, encontro-me à espera, torcendo para que o seu avião não caia. Mesmo um mês depois, não estava pronta! Holanda, cheguei, Pátria, vemo-nos no Natal.
* para quem não chegar lá sózinho, basta ler do fim para o início

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

A cadela que dá 300 nas curvas

Tenho uma cadela duplamente chipada. E, como qualquer bom veículo chipado (ainda por cima duas vezes!!) tem cá uma potência... É vê-la a 300 nas curvas com o rabiosque a fugir muito (mas muito!) ligeiramente!

P.S. - o sistema de identificação dos chips é tão eficaz que o vet, apesar de a percorrer duas vezes com o aparelhómetro, não deu com o chip que outra vet tinha posto no bicho duas semanas antes... Como precaução vou mas é pôr-lhe uma boa e velha chapinha em forma de osso pendurada ao pescoço!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Manteiga-manteiga

Deve ser de já não viver cá há uns longos 10 meses... Já não sei pedir pão com manteiga num café! Parece que se quiser que o pão venha barrado com manteiga, aquele creme branco-amarelado que é feito do leite da vaca, tenho de dizer "quero um pão com manteiga-manteiga", porque se (estupidamente, ora que eu tenho com cada uma!) pedir um simples "pão com manteiga" sai-me recheio de Becel! E, atenção, ai de mim se disser que aquilo é Planta! Aquilo não é Planta! É Becel! Be-cel! Blarghhh!
i
P.S. - Futuramente, vou passar também a dizer que quero um galão de café-café (se não ainda me sai um Brasa) e não hei-de esquecer-me de dizer ao taxista que quero que ele vire à esquerda-esquerda, se não o coitado do homem pode pensar que o que eu quero é virar à esquerda-direita, ora pois!

sábado, 1 de agosto de 2009

Contabilidade da vida com animais

Perdas:
  • 1 trela roída (pela companheira, não pela própria, revelando um alto grau de cooperação intraespécie)

  • um carregador de telemóvel dividido em dois (seria prático, se continuasse a funcionar)

  • 5 chichocas e 2 cocózadas pela sala (felizmente o chão é de azulejo)

  • muitas horas de passeio inglório (ou seja, sem chichocas nem cocózadas)

  • 1 gata perdida durante várias horas e finalmente achada com o nariz arranhado (sim, que cá em casa, de momento, somos 5 humanos contra 2 cadelas e 1 gata)

Ganhos:

  • horas e horas de muito amor canino sob a forma de rabos a abanar, línguas perdidas em milhentos beijinhos e outras demonstrações de pura ternura