segunda-feira, 19 de abril de 2010

O timing não é o meu forte

Finalmente um trabalho! Não é bem um emprego (call center não se qualifica) mas para quem está há tanto tempo parada é óptimo. Mini-contrato, só 2 meses, o que no caso até é bom... Já que estamos a tentar voltar a Portugal, o que acontecerá, à partida, lá para o Verão (é só novidades... O peixe volta às suas águas.). É numa área que me interessa, pertinho de casa (ridiculamente perto) e nem tenho de atender chamadas - o pesadelo de qualquer call center - só responder a e-mails e faxes. E a cereja no topo do bolo: finalmente um dinheirinho meu - m-e-u e não nosso, nunca me conseguirei habituar a gastar quando não contribuo - o horário é fixo e não inclui fins-de-semana nem noites. Perfeito!
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E defeitos?, perguntais vós. Pois, o velho timing. Fui à entrevista na 6ª para começar já amanhã com a formação, a minha mãe e o velhote ficam sozinhos o resto da semana - eles ficam sozinhos e eu perco a companhia deles, que tanta falta me faz. E as férias? Dois fins-de-semanas prolongados pela Alemanha e Holanda e 9 dias de papo para o ar em Curaçao pelo cano. Sem falar das visitas planeadas que já não podem contar com a minha alegre companhia. Nem eu com a delas!
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E aqui ficam um parágrafo de copo meio-cheio e outro de copo meio-vazio. É a minha especialidade no que ao mercado de trabalho diz respeito.

6 comentários:

Fuschia disse...

Como entendo isso... passei por esse sentimento tantas vezes.. Estar desempregado é como estar na fila de espera para uma consulta no Santa Maria: quando aparece a oportunidade é pegar ou largar, nunca se sabe quanto tempo esperaremos pela próxima.Parece que a vida nos obriga constantemente a escolher.

Mas bem, pensa que, estás quase a voltar e que terás todo o tempo do Mundo para eles depois :)

fd disse...

Cada post é mesmo uma novidade. Realmente é pena o copo não poder ficar cheio mas também com tantos solavancos, só mesmo uma equilibrista. :)

Andorinha disse...

Se achas que vale a pena, aproveita. Há coisas que aparecem aos trambolhões e aumentam a nossa qualidade de vida, embora ao início parecem ser um estropício. É assim como... os gajos! :)))

Miss. Chocolate com Pimenta disse...

Bem, há sempre dois pontos de vista, não é?
Acho que te vai fazer bem. Pensa dessa forma.

Voltar a Portugal? Que sonho... Nós aqui nem pensamos nisso :( :( :(

Beijocas e boa sorte.

Goldfish disse...

Eu vou com pelo menos um bom pensamento: são só 2 meses, se correr assim muito, muito mal mando-os à fava (coisa que me custa horrores, é como diz a Fuschia, é desperdiçar uma consulta quando não se sabe se ou quando se vai ter outra...). E o regresso a PT, se não for no Verão, será depois, não vale a pena preocupar-me.

Rita Maria disse...

A parte meia vazia do teu copo é bem dura, mas eu compreendo muito bem a decisao (uma vez tive um meio vazio "Natal sozinha em Berlim a vender horrorosas lâmpadas de sal") e tenho a certeza que vai compensar, tanto nos dois meses como depois, aprende-se sempre alguma coisa e sempre ganhas experiência de trabalho na estranja, que parece que às vezes até conta para alguma coisa! E nós entao ganhamos logo com os posts do choque cultural....