quinta-feira, 8 de abril de 2010

Ele há com cada um

Não tenho razões de queixa dos holandeses, sempre foram o mais simpático possível para mim. Nem dos vizinhos tenho queixas - excepção feita ao violinista. Mas há uma senhora que se deve ter mudado há pouco tempo para cá que me tira do sério. Não cumprimenta, não sorri, não fala, nada. Parece que lhe devo uma fortuna! Hoje ganhei o dia. Vinha a senhora cara de traseiro no elevador a descer quando eu o chamo. A senhora pensa que está no R/C, vai para sair, dá de caras comigo e com a Luna, apanha um susto do caneco. Pois, já me aconteceu o mesmo com outras pessoas - rimo-nos, comentámos e tudo fica bem. Com esta? Nem um sorriso, nem ao bom dia que tanto me custa a gaguejar em holandês respondeu. Valeu-me o susto (o dela, bem entendido). Parecia que tinha visto um Pastor Alemão...

3 comentários:

fd disse...

Olá. Claramente não parece que o problema seja teu. Ela é “antipática”. Por vezes, as pessoas fecham-se ao mundo porque já foram agredidas, são/estão sensíveis e não estão dispostas a levar mais, tornando-se assim defensivas. Pode ajudar ao teu estado de espírito começares a sentir empatia por ela, por exemplo por ser (hipoteticamente) uma coitada, alguém que está triste. Claro que isto é só conversa e a primeira reacção, obviamente, é hostilizar quem nos hostiliza.

Goldfish disse...

Agora fiquei a sentir-me mal por ter rido à gargalhada (pelo menos interiormente) com o susto que lhe pregámos!

fd disse...

Também “não vale a pena” ficares com problemas de consciência. Haverá outras oportunidades de encarar a senhora. Li que, no contexto que descreves (entre quase desconhecidos), a “simpatia” serve apenas para que nada perturbe a mensagem e o canal de comunicação, permitindo passar conteúdos sem atritos.

Cada um é responsável pelas suas acções. Inconscientemente, ela foi a primeira a perturbar o canal. Tu simplesmente foste atrás, até com teu prejuízo (indisposição). Imagino que da próxima vez estejas mais descontraída.