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“Para contrariar o risco (risco? E eu que pensava que era um facto) de deterioração económica, incluindo uma contracção profunda e prolongada do nosso produto (qual produto? Estão com medo que as vinhas do Douro se encolham de medo?) e do nosso tecido empresarial (qual, aquelas grandes empresas portuguesas que têm sede fiscal no estrangeiro e por isso merecem todo o apoio e solidariedade do governo português, aka povão pagador?), o Governo decidiu permitir a expansão do horário de trabalho no sector privado em meia hora por dia (ahahahahahahahahahahahahahah! então quer dizer que o pessoal pode deixar de trabalhar as 2h ou 3h horas extra por dia que é costume e passar a fazer apenas mais meia hora? Porreiro, pá! Uma notícia para nos animar.) durante os próximos dois anos (ele às vezes dizia que era enquanto durasse o programa da troika, outras que era durante dois anos; não me digam que acredita que vão ser só dois anos? E no Pai Natal, também acredita?), e ajustar o calendário dos feriados (esta precisava que me explicassem melhor: vão acabar com alguns feriados? Quais? Só durante dois anos? Ou vamos mantê-los mas trabalhar na mesma? E como vai ser pago esse dia - é que apesar de todos os cortes e recortes os dias extra, feriados e fins de semana ainda continuam a custar mais ao patrão - e uso a palavra com todo o sentido pejurativo que ela tem - e eu pensava que o objectivo era produzir não sei bem o quê mais pagando menos)” afirmou o nosso primeiro* ontem. Não posso dizer que esperava melhor.
.“Para contrariar o risco (risco? E eu que pensava que era um facto) de deterioração económica, incluindo uma contracção profunda e prolongada do nosso produto (qual produto? Estão com medo que as vinhas do Douro se encolham de medo?) e do nosso tecido empresarial (qual, aquelas grandes empresas portuguesas que têm sede fiscal no estrangeiro e por isso merecem todo o apoio e solidariedade do governo português, aka povão pagador?), o Governo decidiu permitir a expansão do horário de trabalho no sector privado em meia hora por dia (ahahahahahahahahahahahahahah! então quer dizer que o pessoal pode deixar de trabalhar as 2h ou 3h horas extra por dia que é costume e passar a fazer apenas mais meia hora? Porreiro, pá! Uma notícia para nos animar.) durante os próximos dois anos (ele às vezes dizia que era enquanto durasse o programa da troika, outras que era durante dois anos; não me digam que acredita que vão ser só dois anos? E no Pai Natal, também acredita?), e ajustar o calendário dos feriados (esta precisava que me explicassem melhor: vão acabar com alguns feriados? Quais? Só durante dois anos? Ou vamos mantê-los mas trabalhar na mesma? E como vai ser pago esse dia - é que apesar de todos os cortes e recortes os dias extra, feriados e fins de semana ainda continuam a custar mais ao patrão - e uso a palavra com todo o sentido pejurativo que ela tem - e eu pensava que o objectivo era produzir não sei bem o quê mais pagando menos)” afirmou o nosso primeiro* ontem. Não posso dizer que esperava melhor.
* num rasgo de inspiração resolvi criar o meu próprio novo Acordo Ortográfico. Uma das minhas primeiras regras é a abolição das maiúsculas para cargos e posições que perderam a minha consideração e como o objectivo é simplificar, vamos começar pelo nosso presidente, o nosso primeiro, seus ministros, e, last but not least, presidentes de Regiões Autónomas, que isto por uns pagam outros e há que poupar até as letras do Alfabeto.
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