domingo, 30 de outubro de 2011

Apelo

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Precisa-se boleia Lisboa-Porto para 70 mantas polares. Irão aquecer os ossos de outros tantos amigos de quatro patas que não tiveram a sorte de arranjar amigos humanos tão bons como eles. Se não puderem, por favor, divulguem!

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Contacto: laumaia@gmail.com ou 915408298 (se não atenderem, por favor deixe mensagem escrita).

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Não há decisões erradas. Há decisões e resultados.
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Pela Andorinha, que sabe o que diz.
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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Fingir para quê?

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Este ano calharam-me uma data de pirralhos de famílias bem, Vicente, Constança e Matilde (não são só três, os nomes é que são sempre os mesmos). E eu trato-os por tu, porque "você" nem o meu avôzinho, por quem nutro o maior respeito. E dou dois beijos a cada, um em cada face, nem que das primeiras vezes me deixem pendurada. Não venho de famílias bem, não me vou esforçar por adquirir tiques aos 32 anos de idade. E pode ser que ainda seja um skill extra para o currículo, "capacidade para mostrar às crianças que existem pessoas com maneiras de estar e reagir diferentes e que não é só a empregada que dá dois beijinhos em vez de um". Desconfio que ainda não é desta que fico rica.

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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Meia hora - ahahah!

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Estão a ver como eu tinha razão nisto? É uma pena só ter lido a Bad Girl hoje.
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Resultado: feio à vista e pouco perceptível

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Quando comecei a dar aulas aos meninos da Primária apercebi-me de que as maioria das crianças só conseguem ler letra de caligrafia, ou seja, aquela coisa rebuscada que nos ensinaram quando tínhamos a idade deles. A letra de máquina que, à altura, era a minha, não sendo bonita, era aceitável, portanto o problema era mesmo o tipo de letra. Acabei a escrever para eles com letra de caligrafia. O resultado foi a minha letra tornar-se permanentemente numa mescla horrorosa de letra de caligrafia e letra de máquina.
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Com o AO está a acontecer-me o mesmo. Vou sendo obrigada, de vez em quando, a seguir as novas regras e elas vão entrando, à socapa, no meu dia-a-dia. O resultado é de vez em quando dar comigo a escrever português aAO (antes do AO) e, no meio, algum português dAO (depois do AO). O resultado é uma mescla horrorosa de português com algo que ainda não estou bem convencida do que seja exactamente.
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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Mau augoiro

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Queriam andar de botas, não queriam, suas idiotas? Pois agora aí têm e espero que além de levarem com ela nos pézinhos, também encharquem as calcinhas, as blusinhas, os casaquinhos e os cabelinhos, e que raios vos partam, pá! Odeio chuva.

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domingo, 23 de outubro de 2011

Memórias de infância (continuação)

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E "Quilimanjaro", no "q", para uma categoria que englobava rios, mares, montes e montanhas e coisas assim para o geográficas. Sem Google, o que isto custava...
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Memórias de infância

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Napron* era a única palavra para objecto começada por "n" no "jogo do stop", também conhecido por "jogo dos países", que eu e os meus primos conseguimos descobrir. E, ainda no "n", o Nero, um qualquer peixe com um nome útil para a coluna dos "animais". Ninguém diria que o "n", letra tão banal, seria tão difícil.

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* Correcção (obrigada pelo comentário, Gi): napperon e não "napron" como eu tão correctamente escrevi acima, em itálico e tudo. Não corrijo a palavra no texto original em honra à inexistente palavra que dezenas de vezes escrevinhei o mais depressa possível numa folha de papel A4 dividida em colunas.
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No Telejornal até (nem) vemos boas ideias

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Ontem à noite uma das reportagens-enche-chouriço da nossa telavisão pública foi sobre a reciclagem de roupas velhas. Antigas, não, que essas podem valer dinheiro por si sós, das velhas mesmo. Então vai a (o?) jornalista com uma estilista (designer? costureira?) à Feira da Ladra e compra, entre outras coisas, um lindo colete preto comprido (altura do joelho), uma linda blusa de seda branca com muitos folhos e lindos naprons. Com estas três aquisições e através do simples (ahahahah!) processo de descoser, cortar, desmanchar e voltar a montar e a coser estas três velharias juntas fizeram um vestido "novo", segundo a criadora, muito na moda. A mim parecia-me a farda das criadas do tempo do senhor que caiu da cadeira. Mas eu não sou féshionista.

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Eu sou mesmo é prática. Tinha no armário pendurado um vestido psicadélico de uma colecção da Zara do tempo em que eu não me importava de andar com as cuecas quase à mostra e em que a Feira do Artesanato era na FIL da Junqueira (ou seja, velho, mas não antigo, e ninguém daria mais de 1€ por ele) e nenhuma outra peça que não fosse fresca ou quente de mais para vestir num dia como hoje. Reciclagem à la Goldie: veste o vestido por cima de umas calças de ganga, calça as havaianas brancas, unhas dos pés entre o rosa e o roxo e siga para bingo. Ainda mereceu dois elogios - de familiares, está certo, mas do sexo feminino; pronto, uma era a minha mãe, mas o resultado seria bem pior se me pusesse a desmanchá-lo e a decorá-lo com os naprons da minha avó. Garanto.

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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Alguém sabe explicar-me?

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Por que é que o blogger me põe a hora de postagem das mensagens uma hora mais tarde* do que a realidade? Será que ainda não se apercebeu que regressei da Holanda? Estará em negação? Eu, às vezes, estou.

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* são agora 20:55

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Eu, assava

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Para quem andou todo um Verão a queixar-se de que o tempo estava uma porcaria, frio, chuva, vento, etc., começaram cedo de mais a usar botas de cano alto, não? (Vi pelo menos 6 mulheres de botas hoje; também existem sabrinas e sapatos, sabiam?) (Ainda se fosse Sábado...)
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sábado, 15 de outubro de 2011

Anti-pedagógico

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Os corredores e as salas de aulas cheias de folhas secas, ouriços-cacheiros, castanhas e poemas alusivos à chuva e à chegada do frio. As crianças têm de ficar baralhadas quando confrontadas com a realidade.


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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Leiam, há uma boa notícia lá no meio!

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“Para contrariar o risco (risco? E eu que pensava que era um facto) de deterioração económica, incluindo uma contracção profunda e prolongada do nosso produto (qual produto? Estão com medo que as vinhas do Douro se encolham de medo?) e do nosso tecido empresarial (qual, aquelas grandes empresas portuguesas que têm sede fiscal no estrangeiro e por isso merecem todo o apoio e solidariedade do governo português, aka povão pagador?), o Governo decidiu permitir a expansão do horário de trabalho no sector privado em meia hora por dia (ahahahahahahahahahahahahahah! então quer dizer que o pessoal pode deixar de trabalhar as 2h ou 3h horas extra por dia que é costume e passar a fazer apenas mais meia hora? Porreiro, pá! Uma notícia para nos animar.) durante os próximos dois anos (ele às vezes dizia que era enquanto durasse o programa da troika, outras que era durante dois anos; não me digam que acredita que vão ser só dois anos? E no Pai Natal, também acredita?), e ajustar o calendário dos feriados (esta precisava que me explicassem melhor: vão acabar com alguns feriados? Quais? Só durante dois anos? Ou vamos mantê-los mas trabalhar na mesma? E como vai ser pago esse dia - é que apesar de todos os cortes e recortes os dias extra, feriados e fins de semana ainda continuam a custar mais ao patrão - e uso a palavra com todo o sentido pejurativo que ela tem - e eu pensava que o objectivo era produzir não sei bem o quê mais pagando menos)afirmou o nosso primeiro* ontem. Não posso dizer que esperava melhor.
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* num rasgo de inspiração resolvi criar o meu próprio novo Acordo Ortográfico. Uma das minhas primeiras regras é a abolição das maiúsculas para cargos e posições que perderam a minha consideração e como o objectivo é simplificar, vamos começar pelo nosso presidente, o nosso primeiro, seus ministros, e, last but not least, presidentes de Regiões Autónomas, que isto por uns pagam outros e há que poupar até as letras do Alfabeto.

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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

TRÊS

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3 reuniões de pais;
3 apresentações pipis em powerpoint para impressionar, desculpem, elucidar os pais;
3 erros gramaticais tendo em conta o novo AO*.
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Ao menos a matemática vai certinha (pronto, também ainda só vamos no 3...)
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* fato e não facto, apresentamos e não apresentámos - mantém-se preferencialmente o acento em português de Portugal - e pára em vez de para - o verbo parar.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

O AO mata-me

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A Rita é uma menina da comunicação que já adotou o nosso "novo" Acordo Ortográfico (AO). Eu, que ainda não sei bem o que hei de fazer com ele mas tenho tendência a fixar tudo quanto é pormenor de somenos importância já sei muitas das regras e, com esforço e concentração, consigo aplicá-lo. Há uns dias vi lá no Inferno a belíssima nova forma "conceção". E o cérebro só pensou: até a Virgem deve rebolar a rir lá no caixão. Não, espera, caixão não: quase ia caindo da nuvem. Melhor: disse tal palavrão que correu sério risco de ir parar ao inferno, mesmo com a cunha que teve para entrar no céu. E é assim que acabo a rir-me sozinha em frente ao computador num post sobre margarinas e ilhas perdidas no Atlântico que, que se saiba, não querem a independência.

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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Achava que era só para comprar bilhetes para os U2

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Mas para tirar o passe da Carris também tenho de levar o saco-cama para a porta da estação de St. Amaro. E não sou dos que têm de provar que são pobrezinhos. Quero mesmo o passe normal. Ai.
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