quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Para rever sempre que me queixar

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Entro às oito e meia da manhã no outro lado da cidade e há dias em que não vejo o meu filho acordado antes de sair de casa. Mas venho almoçar com ele sempre que posso, ou seja, duas ou três vezes por semana, e ponho-o na cama para a sesta. Termino as aulas às quatro e chego entre as quatro e meia e um quarto para as cinco. Ele vai para a cama às oito e meia. E ainda assim sinto que este ano tudo me está a passar ao lado, que não o consigo aproveitar. Quase não tiro fotografias. Só brinco: faço plasticina, leio (mais uma vez) o Sono Soninho, desenho mil carros dos bombeiros e quinhentas ambulâncias, monto e desmonto garagens de Lego para as transformar em Badoka Parks versão mini, e vice-versa. Tenho quinze dias de férias no Natal, três dias no Carnaval, quinze na Páscoa e dois meses e meio no Verão. Não imagino um(a) trabalhador(a) com um horário "normal" - hoje em dia, das nove às sete. Sou mais que sortuda. Muito mais.
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1 comentário:

Cláudia Paiva Silva disse...

És... sinceramente és....! Mas somos humanos e nunca estamos satisfeitos com nada. Aliás, é isso que nos torna Humanos, a constante insatisfação (pensando bem, é isso que nos torna Humanos e nos traz problemas...).