sábado, 28 de maio de 2011

Afinal a matemática é mesmo essencial

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Adoro as teorias dos Recursos Humanos. Não há ninguém mais criativo do que um técnico de RH. Soube que fazem provas com cálculos de raízes quadradas e derivadas a quem se candidata para trabalhar como repositor no Pingo Doce. Sem calculadora. Sem pensar muito consigo perceber logo a utilidade de conseguir calcular de cabeça quantas embalagens de iogurtes cabem em cada prateleira e como combinar pacotes de 8, 4 e 2 iogurtes para melhor aproveitamento do espaço disponível. Uma ciência.

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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Copo meio-vazio, copo meio-cheio

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Os problemas dos que nos são próximos tocam-nos de forma tão pessoal e íntima que se tornam, em parte, nossos. As alegrias, em contrapartida, conseguem tornar-se totalmente nossas.

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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Final do (&#!€) do ano escolar

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Aaaargh! Não é que a 22 só me livro de parte?!? Até 30 de Junho mantenho os novos 160. Estou oficialmente lixada.

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terça-feira, 24 de maio de 2011

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Está um calor que não se pode. E juntaram-me 160 putos por semana ao horário. Já ultrapassei a fase "ai, que giro, tenho um aluno chamado Moisés" e aterrei de chapa na "22 de Junho já, pff"!

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quinta-feira, 19 de maio de 2011

Update onomástico


Não há dados de Chelas, cujos dados devem ter ficado no computador que morreu, mas descobri umas pérolas do Dafundo (deve ser dos vapores do Aquário, a comprovar depois de "frequentar" a Expo): Cheila (assim mesmo com ch), Ariclenes, Gérson, Emanuel (sendo que os seus dois irmãos e o pai se chamavam, adivinharam, Emanuel), Janilson e Kevin. Extraordinariamente não me recordo desta última criança. Os nomes escanifobéticos costumam ficar.

Novidades fresquinhas da Estrela: Concha.

onomástica bairro a bairro

Até nos nomes das crianças há modas e se já ultrapassámos a moda de copiar o nome da personagem da novela brasileira que melhor nos soa ou a repetitividade de nomes como Ana ou Maria qualquer-coisa, outras modas se impuseram. Tenho reparado numa certa consistência bairrista:


Estrela: Carminhos e Lourenços misturados com lembretes de ascendência estrangeira como Pilar ou Elizabeth;


Zona da Alameda D. Afonso Henriques: Beneditas e Vascos (numa alegre mistura de finesse com comédia portuguesa dos anos 50);


Olivais: Miriams e Anas Paulas, Miguéis Ângelos a Salvadores (ia chamar-lhe gosto ecléctico mas parece-me mais adequado dizer que é tutti-frutti);


Tenho pena de já não me lembrar de exemplos de Chelas. Agora digam lá, a que bairro pertenceriam?

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Comer mal já comi na Holanda

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A praça (aquela onde vendem peixe e legumes, e não a da Figueira ou do Rossio, o que querem, sou uma menina da costa e peixe nenhum me sabe tão bem como o acabado de pescar; pobres dos que não sabem o que perdem) está às moscas, mesmo às 9h de uma manhã de Sábado ou de Domingo. A Cooperativa de Grândola está quase vazia, filas e filas de prateleiras que recordo repletas a ostentarem apenas uma marca de iogurtes e uma marca de champôs. Ainda em Grândola, acordo para comer pão de centeio do Continente e penso "mas porque raio estou eu a comer esta mixórdia em vez de pegar na Luna e ir comprar à padaria da esquina um alentejano gigante, daqueles com uma bossa em cima, acabadinho de cozer?" A mercearia deixou de ter ananás, que a clientela não compra. A clientela que resta, quero dizer. Parte compra agora a fruta no hipermercado mais próximo, pagando sensivelmente menos mas comendo fruta com sabor a água. A água, essa, está a 0,10€ meio litro no LIDL. Mais vale. O bacalhau só se usa o de lascas, para o bacalhau com natas ou à Gomes de Sá, sem se saber exactamente de onde varreram aquela coisa que nos vendem ao preço da uva mijona. Para cozer ou assar, há o congelado. Desfaz-se em papa ao assar? Está tão demolhado que se tem de acrescentar sal à água da cozedura? Não faz mal, desde que não se tenha o trabalho de demolhar umas postas. Não sei exactamente onde ou como, mas perdeu-se algo desde o tempo em que freiras inventavam o céu apartir de gemas de ovos ou em que mulheres do povo usavam tudo o que o porco tinha em pratos de comer e chorar por mais.

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Ocorreu-me isto tudo depois de ler a I. a dizer isto; lá no fim, estão a ver, sobre carcaças e crianças? Ou seja, a culpa é dela.


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Early bird

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Acordar cedo sem as pestanas a cederem ao sono tem vantagens - especialmente quando temos de atravessar de carro a 25 de Abril sentido Sul-Norte a horas de ir trabalhar. Ainda assim, e uns minutos antes das 7h, olhamos pelo retrovisor na avenida da Ponte e parece que vem o mundo inteiro, de carro, atrás de nós. Dá uma certa vontade de fugir, especialmente quando nos lembramos que, ao final da tarde, teremos o sentido inverso para percorrer.

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sexta-feira, 6 de maio de 2011

Também tu, Bryan?

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Nasceu a filha de Bryan Adams e, como qualquer celebridade que se preze ou, segundo a RFM, numa clara picardia com a Luciana e o Djaló, decidiu que chamar à criança algo que não lembra a ninguém (normal): Mirabella Bunny. Tal como tantos Antónios nasceram a 13 de Junho, ou tantas Conceições a 8 de Dezembro, agora temos Bunnys que nasceram na Páscoa. Que bonito.


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quinta-feira, 5 de maio de 2011

Era suposto ser diferente

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Ouvir uma das peças do Telejornal da 2 (suponho que tenha também passado no da 1, mas haja pachorra para dois telejornais por dia...) e ler um artigo de opinião passaram a ser duas coisas apenas distintas no meio em que são transmitidas: papel ou ondas. Eu sei que já lá vão dez anos, desapareceram metade dos "c", "p", maiúsculas e hífens das palavras portuguesas, mas se bem me lembro das cadeiras da universidade opinar, mandar "bocas" ou tentar distorcer a notícia para o lado que nos parece melhor dava direito a nega.

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P.S. - Eu ainda ponho aqui um link com indicação dos minutos relevantes se o site do raio do Hoje (e o que me custou lembrar deste nome idiótico para um telejornal?) puser a emissão de ontem a funcionar.

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segunda-feira, 2 de maio de 2011

Quem avisa, amigo é

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Conhecem com certeza o modelo de torneira que, em vez de duas peças casi-esféricas com uma pinta azul ou vermelha tem uma haste que se ergue para jorrar água, quente à esquerda, fria à direita (que analogia interessante, ainda o BE não se lembrou desta). Pois se gostam de gatos e, ainda que não os tenham, podem um dia, eventualmente, vir a tê-los, mantenham-se fiéis à moda desenrosca-enrosca para que a água flua. O gato pode ser o mais esperto e independente mas dificilmente aprenderá a lógica - e faltar-lhe-ão ainda os dedos preênseis para agarrar a torneira. Já o método sobe-desce é ridiculamente fácil de aprender e ainda mais fácil de ser desencadeado por uma mera coçadela de costas felinas. O gato pode apanhar o susto da vida dele quando o jacto surgir mas vocês também o apanham quando chegarem à casa-de-banho e tiverem uma piscina olímpica para girinos ou habitantes de Liliput.

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