Não muito longe de onde vivo é a embaixada norte-americana em Amsterdão. Que é um sítio que passaria completamente despercebido não fosse o facto de ter dois gradeamentos, em vez de um, de uns três metros de altura e, a separá-la da estrada, ainda uma fileira de vasos de betão armado, cada um com um metro de altura, em forma de paralelipípedo... Enfim. Pois que a zona petonal, onde às vezes passo com a Luna, encontra-se entre os vasos-protecção-contra-investidas-de-camiões-TIR e o gradeamento exterior, é um bocado claustrofóbica, especialmente se andarmos a meros 30 cm do chão. A única escapatória é através dos espaços do gradeamento - via que a Luna várias vezes quer tomar.
.Há uns dias sonhei que ela se tinha enfiado mesmo pelo gradeamento e que, antes de a conseguir puxar cá para fora, aparecia um guarda da embaixada que a agarrava. E foi este o começo de um dos mais estranhos sonho-diálogo que já tive o desprazer de imaginar subconscientemente. Eu, pedia desculpa ao guarda, que me tinha distraído, se por favor me devolve a cadela, coitadinha, está aterrorizada, não está comigo assim há muito tempo, foi abandonada e mal tratada, ainda tem muito medo de pessoas, especialmente homens, e não gosta que a peguem ao colo... Ele, que não, não a podia devolver, tinham que a levar para a máquina de raios-x porque podia ser um cão-bomba (sim, leram bem, estou completamente choné) e que depois, mesmo se ela não "estivesse armada", não sabia bem quais eram os protocolos para ma devolverem, afinal agora estava em solo norte-americano (!), tinha de ter um documento que provasse que eu era a dona, nem se a podiam devolver no próprio dia, talvez só depois...
.Eu sei, eu sei... internem-me. Pelo sim, pelo não, quando estou por aqueles lados dou a volta pelo outro lado do quarteirão.
.
5 comentários:
LOL Estás a ficar um bocadinho homofóbica...
Um filme-pesadelo. No entanto, tem uma falha no argumento: a Luna não se deixaria apanhar pelo guarda.
De qualquer, dá a volta pelo outro lado do quarteirão :)
De qualquer maneira, dá a volta pelo outro lado do quarteirão :)
(às vezes "como" palavras...)
Todo o aparato de segurança naquela embaixada deixa-me um bocado paranóica, realmente...
E a Luna, de trela, dificilmente iria muito longe! Só se tivesse a inteligência de voltar a escapar-se por entre as grades. Quem sabe?
Goldfish, na dúvida, depois dum sonho desses, eu também fazia o mesmo.
Enviar um comentário