domingo, 27 de fevereiro de 2011

Eu sei que é moda, mas

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O que eu gosto dos ciclistas de fim-de-semana! Nem sei por onde começar. Acho adorável o facto de utilizarem a estrada quando, ao lado, há uma ciclovia que custou à autarquia milhares de euros. Adoro também quando pedalam pelos passeios estando, uma vez mais, a ciclovia às moscas mesmo ali ao lado. Às vezes andam em manada, o que é com toda a certeza um fenómeno sociológico digno de estudo na Faculdade de Psicologia. E é sempre interessante verificar que os que andam nos passeios não respeitam os sinais para os peões e os que empatam a estrada desrespeitam os sinais destinados aos condutores. Claramente, não se sentem integrados na via que escolheram frequantar. Quem sabe, uma ligação entre o pedalar em manada e a aversão dos touros ao vermelho?!? Por tudo isto adoro o ciclismo bi-semanal. Mas, em abono da verdade, o ponto em que a água ferve mesmo, mesmo à séria é quando se armam em Armstrongs e se passeiam em fatos de lycra coleante. Que bela visão para o meu dia livre! É que tanto favorece os aranhiços humanos como as banhas de quem passa a semana atrás de uma secretária. Dispensassem as lycras e até lhes desculpava o resto.
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3 comentários:

Cláudia Paiva Silva disse...

... pecadora me confesso: há dias, distraída, ia sendo atropelada por um biclo-ciclista junto da Gulbenkian. Porquê? Porque em vez de ir pelo passeio pedonal (ocupado por arvoredo caído dos jardins do Museu/Fundação), ia pela ciclovia. Vá lá que o senhor, que vinha a abrir, ainda fez plim plim com a campainha. Senão lá ia eu... A piada reside no facto de enquanto na Alemanha e Áustria, respeitei sempre os sinais e vias.

Goldfish disse...

Às vezes é difícil respeitar vias que não existem ou estõa obstruídas, especialmente se sabemos que será pouco provável cruzarmo-nos com um ciclista - ainda são raros, mesmo assim. Alguns holandeses, na falta de campaínha, diziam "tringalim" alto e bom som para sairmos da frente (sendo que esses também são especialistas em andar nos passeios, estradas, ciclovias, onde for, mas se pões o pé na ciclovia quase te matam).

Cláudia Paiva Silva disse...

... eu acho que realmente é falta de hábito. O facto de ter visto tantos ciclistas na Áustria e Alemanha obrigava-me a andar pelos sítios certos, com risco de ser mesmo atropelada. Cá, ainda não existe isso, ainda não se vêem muitos praticantes da bicicleta, pelo que as ciclovias são atractivas para os peões. Por exemplo, na Praça de Espanha, junto da Embaixada é com grande resistência que NÃO piso a ciclovia, linda e vermelha... e pior que tudo, mais bem tratada do que a própria calçada portuguesa.