quinta-feira, 8 de julho de 2010

A divisão

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Como vêem a Alemanha é para os que falam alemão. A única parte traduzida para o inglês não é a dirigida ao turista, mas ao meliante que vem com a intenção de destruir. Eu tive de chegar a casa e usar das excelentes (not!) traduções do alemão-inglês do Google para perceber o que faltava. Para quem não percebe nada (e acreditando no Google):

Construcção do Muro: a partir de 1961
Queda: 9 de Nov. de 1989
Pinturas: Fev. a Nov. 1990
Reparações: 2009


Secção do muro pintada para simular um posto de observação militar no que é hoje um café. Haja humor.


"Ele" passava aqui. E o que hoje é um passeio, uma pista para ciclistas e uma estrada eram há 20 anos dois mundos. Achei poética esta forma (duas fileiras paralelas de paralelipípedos) de assinalar o caminho da divisão. É como se tivessem enterrado o muro, até ele não se erguer nem um centímetro acima do chão que pisamos todos os dias.


O mítico Checkpoint Charlie. Ou seja, a terceira passagem entre os dois mundos (sendo que a primeira era Alpha, a segunda Bravo, esta terceira Charlie, etc., etc., não sei até que letra do alfabeto fonético).


E o carro que todos os alemães de Leste tinham. Isto é, os que podiam dar-se ao luxo de ter um carro. Este Trabant, Trabi para os amigos, seria da polícia e agora é possível que qualquer um com carta de condução o alugue para passear pela cidade. Comprei um em miniatura, azul-cueca, para mim. Adoro souvenirs pirosos.

Disclosure: antes desta viagem eu não fazia ideia de que o "Charlie" do checkpoint vinha das letras do alfabeto fonético e nunca tinha ouvido falar do Trabant (o mariducho sabe coisas que não lembram a ninguém). Ponho aqui a informação para conhecimento geral e para memória futura, não é para me armar aos cucos.

10 comentários:

Gi disse...

Também não sabia porque se chamava Checkpoint Charlie, já aprendi uma coisa hoje: obrigada, Golfish :-)

Rachelet disse...

E sei que há umas empresas que alugam Trabis para o turista conduzir e simular a experiência de atravessar o muro num.

Não fiz isto ainda, mas conduzi um Trabi na Polónia e é coisa que recomendo vivamente! Parece que estamos a conduzir um brinquedo de plástico.

Sandra disse...

Adorei este blog!
Vou continuar a seguir!
:)

Rita Maria disse...

Para te lembrares também quando voltares: o que tornava especial o Checkpoint Charlie era que era o dos estrangeiros, logo era por aqui que passavam os espioes. No edifício amarelo e bonito onde está agora o Café Einstein ficava a CIA e no rés-do-chao um dos cafés mais bonitos da cidade (no ano passado comprado pela Einstein), à janela do qual o John Le Carré, ainda espiao, se sentava a tomar notas.

Goldfish disse...

De nada, Gi.

Este era de aluguer, Rachelet! Mas, com o calor que fazia só teria alugado um carro com AC ou descapotável - características que o Trabi, infelizmente, não possui.

Obrigada, Sandra. Bem-vinda!

Rita Maria, tens a coragem de me vires dizer isto DEPOIS de eu ter lá estado?!? Boas intenções... ;)

Rita Maria disse...

É que o café agora já nao vale nada e como nem tiraste fotografias "Eu e o meu Zé Manel à frente do trabalho da Rita" eu, enfim...;)

Rita Maria disse...

(a versao verdadeira: esqueci-me, desculpa)

Goldfish disse...

Não fazia ideia da história dos cafés... E as minhas fotos com o Zé Manel ficam para outros álbuns! E estava a brincar; pedi-te dicas com 2 dias de antecedência e apanhei-te numa altura profissionalmente complicada - a culpa de não ter dicas tuas é minha e só minha.

Rita Maria disse...

Eu também estava a brincar (mas ainda recebeste aquela amostra mal-amanhada, ou escrevi e depois esqueci-me?)

Goldfish disse...

Recebi o link para o outro blog, onde ainda tenho de voltar para agradecer. Segui um dos restaurantes, o Hanoy, que amei, e fiz a volta sugerida até à piscina sobre o rio, só me esqueci de levar biquini - e o quanto me arrependi...