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Demasiado ocupada com trabalho, diversão e a Segurança Social para conseguir vir aqui escrever as inúmeras baboseiras que me passam pela cabeça. Começo a achar que a minha verdadeira profissão é contribuinte e não professora. Contribuo em géneros (também conhecidos como Euros) e em serviços, dando o que fazer a um número indeterminado de funcionários públicos*: primeiro entro no sistema, proporcionando emprego aos que inserem os meus dados e aos que os perdem; de seguida dou emprego a outros tantos para perceberem o que foi feito pelos que me inseriram e pelos que me perderam, de forma a perceberem quais deles têm razão. Por último, dou trabalho aos advogados da Segurança Social que, ao receberem uma queixa minha por os serviços não terem tirado cópias dos documentos certos, respondem que a responsabilidade de os apresentar é minha. Independentemente de eu os ter levado. É que, convenhamos, se levei a página 1 é complicado ter deixado a 2 em casa - está (sempre) impressa no verso da mesma folha.
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* ou trabalhadores sem vínculo à Segurança Social, hoje em dia já não se sabe quem está do outro lado.
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5 comentários:
e sabes que mais? isso de te considerares contribuinte de profissão é muito altruísta da tua parte. é um metier em que dás, dás, dás e já sabes que não vais receber nada em troca!
Já ouvi chamar estupidez, mas se tu dizes que é altruísmo, aceito, sempre soa melhor...
Tens razão, deixámos de ser profissionais ou cidadãos, ou mesmo, como há uns anos, consumidores, para passarmos a ser contribuintes.
Estou a considerar dizer-te quanto tempo esperei nas minhas visitas às finanças aqui, sexta passada e hoje de manha....mas como nao a coisa, no conjunto das três vezes em que fui atendida, nao chegou a um quarto de hora, acho melhor ficar caladinha.
Já li Rita, já li.
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