Quando conhecemos alguém, olhamos para o que vemos - e julgamos. Claro que sim, todos o fazem, uns mais do que outros, mas é impossível olhar e não qualificar, tipificar e formar uma opinião sobre o que se vê. Os seres humanos são, antes de mais, criaturas que usam a visão para compreender o mundo e esta tipificação será, portanto, natural. Mas é suposto os seres humanos serem também criaturas inteligentes, que usam o cérebro para juntar diferentes tipos de informação, para acumular conhecimento, aprendendo com a experiência. E esta experiência particular, comummente conhecida como "julgar pela aparência" é algo que fazemos desde a mais tenra idade. Tempo de sobra, portanto, para percebermos o quão falível é.
Eu também julgo aparências. Tenho, normalmente, o cuidado de, após esse primeiro instinto (primário), esperar por mais alguma informação. Geralmente espero pelo que sai pela boca dessa pessoa e, aí sim, julgo. Em conformidade, ou não, com o que saiu do julgamento da aparência. É isto que espero dos outros. Julguem a minha aparência, mas não se fiquem pela informação que os olhos vos dão, usem esse julgamento em conjunto com aquilo que digo, com o que penso e com o que faço e aí formulem uma opinião. Será pedir de mais? Para algumas pessoas, talvez. Mas essas não me fazem falta.
3 comentários:
Formamos primeiras impressões (em segundos) precisamente porque precisamos de informação prévia que nos ajude a decidir como lidar com os outros. É falível, sim, mas útil. E também inconsciente. O problema é que a informção recolhida depois, normalmente já a partir do contacto directo, é "distorcida" por nós de forma a comprovar a imagem que já criámos acerca do outro.
medo... tantas vezes eu abro a boca e sai asneira! tenho que começar a controlar-me... :)
Ana, mas a nossa racionalidade existe para tentar combater instintos primários... E não para se alimentar deles ignorando tudo o resto.
momentU, abrir a boca e sair asneira é a minha especialidade. Muitas vezes ainda não voltei a fechá-la e já estou a dar-me com o martelo imaginário na cabeça. Mas do que falo aqui é muito mais do que isso. É, também, não ver para além dessas asneiras involuntárias que tantas vezes nos saem...
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